Tarifa de energia elétrica vai ficar 5% mais barata em 2005

Dilma Roussef afirma que a redução é um dos benefícios do leilão de energia e valerá para Sudeste, Centro-Oeste e Sul

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SÃO PAULO – O preço da conta de luz pode diminuir cerca de 5% no próximo ano para os moradores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Esse é o percentual a que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) chegou após a primeira avaliação dos impactos do leilão de compra e venda de energia elétrica, realizado nesta terça-feira (07), em São Paulo.

Segundo a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, “o efeito deste leilão na tarifa do consumidor final será zero para o Nordeste. E terá uma diminuição média de 5% para o Sudeste, Sul e Centro-Oeste”. Apesar disso, a ministra afirmou que essa é uma estimativa preliminar, que poderá ser revisada mais tarde.

Preço médio cai de R$ 61 para R$ 57,51

Caso a diminuição seja confirmada, o preço médio da tarifa de energia elétrica deverá cair dos atuais R$ 61,00 para R$ 57,51 o Megawatt (MW/hora) em 2005. Apesar da decepção do mercado com os baixos preços das tarifas do leilão, a ministra destacou que isso não é indicação de que leilões futuros terão valores baixos.

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Dilma Roussef afirmou que, analisando as previsões de preços para 2005 (R$ 57,51), 2006 (R$ 67,33) e 2007 (R$ 75,46), pode-se notar que os preços estão em uma curva ascendente. E a ministra acredita que por esta razão, nos próximos leilões, as tarifas poderão ser bem maiores.

Leilão negociou energia velha

Na última terça-feira, distribuidoras de energia do Brasil negociaram energia velha para fornecimento ao consumidor entre 2005 e 2007. Por energia velha entenda-se a eletricidade gerada por usinas já existentes, que tem preço mais baixo que a energia nova.

No leilão, contratos de oito anos foram fechados seguindo critérios de menor tarifa, e totalizaram R$ 72 bilhões. O megaleilão de energia foi organizado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e por delegação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

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Os críticos do novo modelo alegam que ainda que em um primeiro momento o consumidor possa ser beneficiado, esta situação pode acabar se revertendo no médio prazo. Na visão do diretor do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura, Adriano Pires, a redução dos investimentos pode vir a causar problemas de oferta de energia o que acabaria fazendo com que – daqui a 2 ou 3 anos – o consumidor venha a ter que pagar mais na sua conta de luz.
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