Super Bowl 2024: propaganda de US$ 7 mi, Taylor Swift e vitória dos Chiefs; os destaques da final da NFL

Evento mostra mais uma vez porque é capaz de movimentar milhões de dólares

Maria Luiza Dourado

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Ocorrida em Las Vegas na noite de ontem (11), a 58ª edição do Super Bowl, a final da NFL, principal liga de futebol americano do mundo, mostrou as cifras surpreendentes que o evento é capaz de movimentar.

Segundo o veículo CNBC, o preço médio de um anúncio de 30 segundos durante o Super Bowl 2024 foi de US$ 7 milhões. A expectativa da agência global de propaganda Dentsu é que esta edição tenha registrado a maior arrecadação em anúncios de TV na história do evento, chegando a cifra de US$ 650 milhões, informou o Financial Times.

Vale lembrar que este é somente o custo para poder veicular sua propaganda, ou seja, as marcas gastaram ainda mais com a produção dos anúncios – que incluem a contratação de estrelas mundiais.

O valor cobrado pode parecer caro, mas ainda é entendido como justo, devido ao engajamento gerado pelo Super Bowl. No ano passado, a audiência da partida bateu 115,1 milhões – um número impressionante, principalmente se considerado o declínio no consumo de televisão visto nos últimos anos. A expectativa para a audiência de ontem está no mesmo patamar.

Entre as maiores anunciantes do Super Bowl deste ano estavam Oreo, Pringles, Doritos, M&Ms e Mountain Dew. Além disso, anunciaram T-Mobile, Microsoft, Kia, Drumstick, Volkswagen, BMW, Skechers, Toyota, Pfizer, Uber Eats, Bud Light, Oikos, Paramount+, Pluto TV, Etsy, Elf Beauty, Dunkin, Starry, Reese’s, Nerds, Booking.com, Coors Light, Picklebabies, Hellmanns, Homes.com, State Farm, Apartments.com, CeraVe, Temu, Michelob Ultra, Kawasaki, Popeyes, Lindt, BetMGM, TurboTax e FanDuel.

Celebridades como o jogador de futebol Lionel Messi, os atores Jennifer Aniston, Ben Affleck, Christopher Walken, a empresária e socialite americana Kris Jenner estrelaram as propagandas veiculadas.

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O cantor Usher realizou o tradicional show que acontece durante o intervalo do Super Bowl, de cerca de 15 minutos, dessa vez patrocinado pela Apple. Contudo, a apresentação foi parcialmente ofuscada pelo anúncio de um novo álbum da cantora Beyoncé, em parceira com a operadora de telefonia Verizon.

Até filmes são anunciados durante o evento. Neste ano, foi o caso de “Deadpool & Wolverine”, “Wicked” e “A Guerra do Planeta dos Macacos”.

E o que a Taylor Swift tem a ver com o Super Bowl?

Outro fator que influenciou (e muito) o evento foi o “efeito Taylor Swift”. Diretamente, a cantora nada tem nada a ver com a final da liga de futebol americano. Contudo, o nome da estrela tem aparecido na imprensa de esportes desde que ela e o jogador de futebol americano Travis Kelce assumiram um relacionamento, em setembro de 2023.

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Kelce joga pelo Kansas City Chiefs, que venceu a competição na noite do último domingo em cima do San Francisco 49ers por 25 a 22, na prorrogação da partida e com direito ao famoso “touchdown”, a jogada que origina a pontuação máxima do esporte. A equipe campeã venceu o Super Bowl pela terceira vez em cinco anos.

Além do romance, não é exagero pensar que a presença da cantora, recentemente nomeada vencedora do Grammy de melhor álbum do ano pela obra “Midnights”, no estádio pode ter impulsionado ainda mais a audiência do Super Bowl. A “loirinha”, como é chamada por seus fãs, já mostrou que é capaz de movimentar a economia. Em julho, ela foi citada no Livro Bege, divulgado em julho pelo Fed da Filadelfia. A cidade abrigou alguns shows da turnê da cantora “The Eras Tour” e, segundo a autoridade monetária, o aumento relevante nas receitas dos hotéis locais foi causado pelas apresentações de Swift.

No Brasil, o IBGE também citou a cantora nas justificativas para o aquecimento do setor de serviços visto em novembro, impulsionando a atividade de restaurantes, bares, hotéis e transporte de pessoas.

Maria Luiza Dourado

Repórter de Finanças do InfoMoney. É formada pela Cásper Líbero e possui especialização em Economia pela Fipe - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas.