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A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) divulgou neste domingo (5) um novo balanço após o temporal que atingiu São Paulo na sexta-feira (3) e mesmo após 48 horas, o estado ainda tem 1.193.991 de residências sem energia elétrica, conforme dados da Agência obtidos pela Folha de S. Paulo.
Desse total mais de 1 milhão de unidades consumidoras (endereços residenciais, comerciais e industriais) estão na capital.
A concessionária Enel conseguiu retomar o serviço de energia de metade dos endereços desde a tarde sexta (3). Havia 2,1 milhões de unidades sem luz. A distribuidora também já anunciou que o fornecimento de energia em São Paulo será majoritariamente restabelecido até a próxima terça-feira (7).
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Neste sábado, a Aneel havia informado que 3,7 milhões de endereços, em algum momento, tiveram o serviço de energia afetado pela forte chuva. Já neste domingo, a agência atualizou o número para 4,1 milhões.
No caso da CPFL, que atende cidades do interior do estado, 90% das residências que estavam com problemas tiveram a situação resolvida. Segundo a Folha de S. Paulo, na manhã deste domingo ainda restavam 110 mil unidades sem energia — uma queda considerável, comparando com o 1 milhão
Sandoval Feitosa, diretor-geral da Aneel, fará reunião com as distribuidoras de energia e com representantes do município nesta segunda (6) para “discutir ações futuras e medidas preventivas para deixar a rede de distribuição menos vulnerável aos eventos climáticos”.
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A Aneel já havia informado em nota, neste sábado, que estava monitorando de perto a situação com “as concessionárias de distribuição de energia encaminhando informações à agência” e “autoridades federais, estaduais e municipais sendo informadas sobre as providências adotadas”.
Além disso, a Aneel determinou que a Arsesp, agência conveniada no estado de São Paulo, acompanhe de perto a situação das distribuidoras para mitigar o impacto das ocorrências.
Caos no feriado
A velocidade dos ventos na sexta-feira, segundo a Defesa Civil, chegou a 151 quilômetros por hora (km/h) em Santos, a partir de informações da administração portuária. Na capital paulista, as rajadas chegaram a 103,7 km/h, recorde dos últimos cinco anos.
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Foram atendidos cerca de 100 chamados para desabamentos em todo o estado, em ocorrências com danos em muros, casas e destelhamentos de imóveis. As Defesas Civis estadual e municipais e o Corpo de Bombeiros registraram mais de 2 mil chamados em 40 cidades. Até o momento, não há previsão de novas tempestades e vendavais para os próximos dias.
Até a tarde deste domingo, eram sete mortes confirmadas em decorrência do temporal.
Impacto na distribuição de água
A queda da rede elétrica também impacta o fornecimento de água. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) pediu economia aos consumidores até que a situação se normalize. “A falta de energia paralisou instalações e estações elevatórias da empresa, afetando o nível dos reservatórios e, consequentemente, o abastecimento de água em diversas regiões”, informou em nota.
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Na manhã deste domingo (5), seguem sem energia, afetando o abastecimento, as seguintes localidades: São Mateus, Itaquera, Vila Mariana, Vila Clara e Capão Redondo e, também nas cidades de Itapecerica da Serra, Cotia, Osasco, Barueri, Guarulhos, Taboão da Serra, Biritiba Mirim e Suzano.
Outras localidades tiveram a energia restabelecida, mas os reservatórios ainda estão em recuperação. São elas: Santo André, Mauá, Diadema, Itaquaquecetuba, Guaianases, Americanópolis, Vila Clara, Vila Mascote, Vila Santa Catarina, Vila Joaniza, Campo Grande, Jd Promissão, Pedreira, Cidade Ademar, Chácara Flora, Santa Etelvina, Cidade Tiradentes e Morumbi, em São Paulo.
“Até a normalização total de todo sistema, é recomendável que os clientes façam uso consciente da água e priorizem o uso para higiene e alimentação”, orienta a companhia.
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*Com Agência Brasil.