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O setor de cartões apresentou expansão de 17,3% no primeiro trimestre ante um ano, para R$ 558,3 bilhões, de acordo com balanço divulgado nesta terça-feira, 11, pela a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).
Com recuperação contínua, o segmento totalizou 6,5 bilhões de transações no período, alta de 11,8%, na mesma base de comparação.
“O primeiro trimestre leva a gente a imaginar que teremos recorde de transações com cartões no ano de 2021”, disse o presidente da Abecs, Pedro Coutinho.
De acordo com ele, o ritmo de crescimento do setor chegou a 24,6% no mês de março a despeito das medidas de restrição adotadas para conter a piora da covid-19 no País. “Após o dia 20 de março, o mercado como um todo fechou. Esse ano não tivemos full lockdown (um fechamento completo)”, disse Coutinho, acrescentando que o impacto tende a aparecer na base anual.
Composição
O cartão de crédito foi o meio de pagamento com o maior valor transacionado no primeiro trimestre, com R$ 335,9 bilhões, alta de 12,8% ante um ano.
Na sequência, aparece o cartão de débito, com R$ 204,4 bilhões, incremento de 19,7%. Já o cartão pré-pago, conforme a Abecs, somou R$ 18 bilhões, com crescimento de 150,3%.
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Inadimplência
Apesar do aumento do uso dos meios eletrônicos de pagamento, o índice de inadimplência do cartão de crédito teve quedas consecutivas nos últimos meses, conforme o presidente da Abecs. Segundo ele, chegou ao seu menor patamar em março deste ano, de 4,2%.
É a primeira vez na série histórica do Banco Central, iniciada em março de 2011, que o indicador do cartão se iguala à taxa média de inadimplência da pessoa física, que inclui outros tipos de empréstimos com recursos livres, como consignado, pessoal, aquisição de veículos, cheque especial e arrendamento mercantil.
Ao fazer uma análise setorial, o presidente da Abecs afirmou que as transações com cartões no segmento de varejo seguiram crescendo a despeito do fim do auxílio emergencial, cujo pagamento está na segunda fase. Segundo ele, novos padrões de consumo, em especial, da economia digital, contribuiu para isso.
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Por sua vez, os gastos de brasileiros no exterior tiveram tombo de 62,8% nos três primeiros meses deste ano ante igual intervalo de 2020, com US$ 654,1 milhões em volume no terceiro trimestre (R$ 3,6 bilhões). Já as compras realizadas por estrangeiros no Brasil caíram 42%, somando US$ 585,9 milhões (R$ 3,2 bilhões).