São Paulo estreia 5G, mas internet ultraveloz ainda não chegou para todos

Testes foram feitos na Paulista, Faria Lima e Ipiranga e Pinheiros para testar as redes da Vivo e da TIM

Estadão Conteúdo

(Getty Images)
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A internet 5G estreou oficialmente nesta quinta-feira, 4, em São Paulo, mas nem todo mundo encontrou com facilidade o sinal ou atingiu velocidades muito superiores às obtidas com o 4G.

O Estadão esteve nas avenidas Paulista, Faria Lima e Ipiranga e ainda no bairro de Pinheiros para testar as redes de duas operadoras: Vivo e TIM.

Na Vivo, a melhor velocidade de download foi alcançada em Pinheiros, em região próxima ao Instituto Tomie Ohtake. Lá, o download chegou a 150 Mbps, com upload de 11 Mbps.

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Na TIM, testada na região central da cidade, os números obtidos foram de 70 Mbps, para download, e 20 Mbps para upload – apenas por volta das 13h30, a rede da operadora registrou alta velocidade: 524 Mbps, nos arredores do edifício Copan.

A velocidade de internet da Vivo variou entre 16 Mbps e 50 Mbps durante a maior parte do tempo no trajeto. Já a TIM manteve 40 Mbps na maior parte do tempo.

As operadoras prometem velocidades de até 1 Gbps, mas em nenhum momento dos testes foi possível chegar perto dessa marca. Ainda para efeito de comparação, a velocidade média do “velho” 4G é de 22,7 Mbps em operações de download, segundo dados da consultoria Ookla referentes ao segundo trimestre de 2022.

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Por outro lado, alguns usuários no Twitter exibiram números expressivos, como 715 Mbps e 836 Mbps. Isso não significa que, em casos de uso real, não tenha sido possível notar avanços nas velocidades obtidas pela reportagem.

Em locais com boa qualidade de sinal e velocidade, foi possível baixar em poucos segundos um episódio de Seinfeld, na Netflix, e o álbum Master of Puppets, do Metallica, no YouTube Music.

O Estadão entrou em contato com as operadoras para entender as diferenças nas velocidades. A Vivo afirmou que não iria comentar, enquanto a TIM não respondeu até a conclusão desta edição.

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Distribuição das antenas

O sinal de 5G ainda é desigualmente distribuído em São Paulo, apesar de já ter uma centena de antenas em funcionamento pela cidade.

Segundo as regras do edital do leilão do 5G, realizado pela Anatel, as operadoras deveriam instalar uma antena para cada 100 mil habitantes no início da operação em um município.

Sendo assim, TIM, Claro e Vivo deveriam ativar 462 estações até o fim de setembro em São Paulo. Até hoje, a Anatel já recebeu mais de 1,3 mil pedidos de licenciamento na faixa de 3,5 GHz, quase o triplo de antenas que deverão ser instaladas na capital paulista até o fim do ano.

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Segundo a TIM, sua cobertura contará com 1.150 antenas, sendo mais de 1.000 ativadas até o fim de agosto. A Claro afirma que sua cobertura estará presente em 52 bairros paulistanos. Já a Vivo diz que terá antenas em 54 bairros da cidade, mas lembra que ainda está instalando as primeiras antenas nas regiões, o que significa que mesmo os bairros contemplados podem ter “buracos” na cobertura nos primeiros dias.

O número de antenas é importante porque o alcance do sinal da internet de quinta geração, apesar de mais rápido e estável, é menor.

Quem usa o 4G não precisa fazer nada

Além de aparelhos compatíveis com as redes 5G, há dúvidas sobre quais tipos de planos de internet serão necessários para ter acesso à nova rede. Por enquanto, a resposta é simples para quem já utiliza os planos de 4G: não precisa fazer nada além de estar em uma área com cobertura.

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As três principais operadoras de telefonia do País (TIM, Claro e Vivo) afirmaram ao Estadão que não há mudanças de custos dos planos ou necessidade de troca de chips para receber o novo sinal – ao menos, por enquanto.

Porém, com o 5G há a possibilidade de que o usuário esgote o seu plano de dados mais rapidamente. Para isso, a TIM oferecerá mais 50 GB a um custo adicional de R$ 20 na mensalidade. Novos usuários terão acesso sem custo por um período de 12 meses.