Samsung lança Galaxy S20 no Brasil a partir de R$ 5499 em momento delicado da indústria

Modelos são a nova aposta da sul coreana para se manter na liderança em vendas

Pablo Santana

Samsung Galaxy S20
Samsung Galaxy S20

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SÃO PAULO – Prometendo uma nova experiência aos usuários em relação às câmeras, a Samgung lançou, na quarta-feira (11), as novas versões Galaxy S20 no Brasil. Na compra dos smartphones durante a pré venda, que acontece até o dia 2 de abril, os clientes ganharão um Galaxy Watch Active2.

A versão S2, disponível em três cores com 128GB de armazenamento e 8GB de memória RAM, custa R$ 5.499. O S20+, vendido também em três cores com 128GB de armazenamento e 8GB de memória RAM, sai por R$ 5.999.

Os dois modelos Ultra apresentam especificações melhores, com opção de memória de 12GB E 16GB e armazenamento de até 512GB, no valor de R$ 7.999 (128 GB e 12GB de RAM) e R$ 8.499 na versão mais potente.

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Os novos aparelhos foram equipados com Inteligência Artificial para melhorar a qualidade das imagens e permite a gravação de vídeos em 8K.

A maior diferença entre os modelos está nas câmeras traseiras. A versão S20 é o único com câmera tripla, enquanto os demais são equipados com quatro sensores e oferece o recurso DepthVision – capaz de produzir o efeito retrato.

O conjunto de câmeras com resolução de 108 MP (S20 Ultra) e 64 MP (S20 e S20+) nos sensores principais contam com soluções inteligentes como o Space Zoom, uma combinação entre zoom óptico híbrido e zoom de super resolução, numa lente disposta horizontalmente, para manter a qualidade das imagens, em condições de aproximação do alcance da câmera em até 100 vezes (S20 Ultra) e 30 vezes (S20 e S20+).

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Em cenários com pouca luminosidade, a tecnologia nona-binning, presente no S20 Ultra, combina nove pixels em um no nível do sensor, possibilitando o aumento em até três vezes da quantidade de luz capturada nas imagens. Já o modo Câmera Noturna dos novos Galaxy S20 reduz o desfoque de movimento em registros feitos durante a noite ou em situação de baixa luminosidade, com o auxílio da tecnologia multi-ISO.

Outra funcionalidade presente nos três modelos é o modo Single Take que, ao ser ativado, captura em até dez segundo fotos e vídeos de uma mesma cena, com recortes em diferentes ângulos e efeitos, como o timelapse. Os recursos em Inteligência Artificial faz uma recomendação das melhores imagens capturadas com as diferentes câmeras.

“Nós reconstruímos todo o sistema de câmera com novos sensores para atuar de maneira rápida e precisa. O Galaxy S20 combina várias imagens e usa software junto com hardware para fundi-las em uma única foto de alta qualidade, tudo em um décimo de segundo”, explica o gerente sênior de produto da divisão de dispositivos móveis da Samsung Brasil, Renato Citrini.

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Demais funcionalidades

Todas as versões contam com memória expansível, sensor de impressão digital, Android 10 e possibilidade de uso da rede 5G, ainda não disponível no Brasil.

As baterias de 4000 mAh (S20), 4500 mAh (S20+) e 5000 mAh (S20 Ultra) garantem uma maior performance ao longo do dia e são superiores ao últimos lançamentos da Apple, que na versão mais potente do iPhone 11, o Pro Max, entrega 3969 mAh.

O Galaxy S20 é protegido pela plataforma Samsung Knox e possui um novo processador, chamado Guardian Chip, para prevenção contra ataques baseados em hardware.

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Os smartphones são equipados com os aplicativos e serviços da Samsung, incluindo Bixby – assistente virtual da Samsung  já disponível em português-, e o Samsung Health, além de possuir integração com os outros dispositivos do ecossistema da companhia.

Além da linha Galaxy S20, a Samsung também lançou a nova versão do seu fone de ouvido, o Galaxy Buds+. Disponível em três versões de cores (branco, preto e azul) e com preço sugerido de R$ 999,00, o fone entrega até 22 horas de funcionamento (11 horas de reprodução de músicas sem interrupção, mais 11 horas com carregamento no estojo de 270 mAh), sem necessidade de uma estação de recarga elétrica.

Mercado acirrado

A companhia apresenta ao mercado a evolução da família Galaxy e a criação de um modelo top para a sua principal linha em um cenário de forte disputa nas vendas mundiais de smartphone. Apesar de continuar na liderança, a Samsung viu a Apple e Xiaomi crescer em vendas no último trimestre do ano passado, mas não o suficiente para tirar a Huawei da vice liderança.

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Em 2019, as vendas mundiais de smartphones caíram 2% – a primeira queda desde 2008, segundo dados da consultorias Gartner. As projeções para este ano era de crescimento, mas diante do avanço do novo coronavírus em todo mundo e a paralisação de diversos mercados, alguns deles muito importante para o setor – tanto em consumo, quanto em produção – como China e Índia, pode mudar o cenário drasticamente.

O aumento da demanda por iPhone registrado no período foi impulsionado pela queda nos preços do iPhone 11, em comparação com o iPhone XR, e outras reduções de preço nos modelos de gerações passadas. As vendas de iPhones cresceram 39% no quarto trimestre somente na China.

A Apple também teve um desempenho forte em alguns mercados já consolidados e em desenvolvimento, como Reino Unido, França, Alemanha, Brasil e Índia.

A visão positiva, que era consenso entre os analistas do setor, de que as vendas mundiais de smartphones seriam impulsionadas com o aumento da demanda por telefones 5G em geral, juntamente com as expectativas do primeiro iPhone 5G, se compromete diante da pandemia e da possibilidade de atraso do lançamento do novo aparelho da Apple. 

A empresa prevê escassez temporária de produtos para a produção do iPhone devido às paralisações nas fábricas chinesas da Foxconn, de acordo com o comunicado divulgado no final de fevereiro.

Outra a registrar aumento no quatro trimestre, a Xiaomi fechou o último ano vendendo mais de 30 milhões de unidades no mesmo ritmo em que tenta se expandir para mercados ocidentais. A chinesa, principal player no mercado de smartphones indiano, segundo a consultoria especializada em tecnologia, Counterpoint, busca conquistar novos públicos investindo em aparelhos de ponta, como o Mi Note 10.

O smartphone conta com cinco câmeras, duas delas teleobjetivas, que permite a troca de lente a depender do efeito proposto para a foto. Equipado com até 256GB de espaço interno e 8GB de memória RAM, as duas versões do modelo possui 5.260 mAH de capacidade bruta na bateria.

Ainda sem data de lançamento no Brasil, o aparelho é vendido a partir de R$ 2.645,00 em marketplaces.

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Pablo Santana

Repórter do InfoMoney. Cobre tecnologia, finanças pessoais, carreiras e negócios