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Em outubro de 1980, Yoko Ono deu a John Lennon um relógio Patek Philippe 2499 de presente pelo 40º aniversário do beatle. Entre 1952 e 1985, a Patek Phillipe fez apenas 349 unidades desses relógios, que custaram US$ 25 mil a Yoko, que comprou o 2499 em uma loja da Tiffany, em Nova York.
Atualmente, eles valem entre US$ 10 milhões a US$ 40 milhões. O cronógrafo calendário perpétuo é considerado uma joia da relojoaria, que consegue se ajustar até em anos bissextos.
Dois meses depois, em 8 de dezembro de 1980, John seria assassinado na frente de onde morava, o famoso edifício Dakota, em frente ao Central Park. Yoko colocou o relógio do marido em um cofre dentro de um quarto — e deixou de pensar nele.
Em 2005, ela descobriu que o relógio simplesmente sumiu. Ele teria supostamente sido roubado por Koral Karsan, motorista de Yoko, que tinha acesso livre ao apartamento do edifício Dakota. Karsan chantageou Yoko, ameaçando divulgar fotos e gravações comprometedoras a não ser que ela o pagasse US$ 2 milhões.
A partir daí, o relógio misteriosamente surgiu na Europa, aparecendo nas mãos (e pulsos) de diferentes colecionadores e oferecido em vários leilões.
Em 2014, alguém que se apresentou apenas como “Senhor A” afirmou que havia comprado legalmente o relógio. Esse foi o gatilho para o início de um processo para discutir quem era o verdadeiro dono do Patek Phillipe que pertenceu a John Lennon: Yoko Ono ou o “Senhor A”.
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Agora, a Suprema Corte da Suíça deve divulgar nos próximos dias uma decisão sobre a disputa. Enquanto isso, o relógio está guardado em um local mantido em segredo na Suíça. Pelo menos até ele reaparecer em outro lugar…