Rio Xingu está em situação crítica e agência declara escassez hídrica  

O rio Xingu abriga uma das maiores usinas do país, a hidrelétrica de Belo Monte, que representa 11% da capacidade de geração do sistema interligado nacional

Equipe InfoMoney

(Altamira-PA, 09/09/2021) Vice-Presidente da República, Hamilton Mourão durante Visita à Usina Hidrelétrica Belo Monte. (Foto: Bruno Batista/ Wikimedia Commons)
(Altamira-PA, 09/09/2021) Vice-Presidente da República, Hamilton Mourão durante Visita à Usina Hidrelétrica Belo Monte. (Foto: Bruno Batista/ Wikimedia Commons)

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A diretoria colegiada da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) declarou situação crítica em um trecho do rio Xingu e no seu afluente, o rio Iriri, nesta segunda-feira (30).

A decisão foi aprovada com o objetivo de aumentar a segurança hídrica da região e mitigar os impactos dos baixos níveis de água dos rios. A resolução tem vigência de um mês e vai até 30 de novembro.

O rio Xingu abriga uma das maiores usinas do país, a hidrelétrica de Belo Monte, que representa 11% da capacidade de geração do sistema interligado nacional. Sua bacia banha os estados de Mato Grosso e Pará e atende 23 cidades, com mais de 560 mil habitantes.

De acordo com os institutos de climatologia, a precipitação acumulada na Bacia Hidrográfica do rio Xingu de outubro de 2023 a setembro de 2024 foi caracterizada por chuvas abaixo da média, tendência que continua no atual período seco. As anomalias negativas de chuva afetaram especialmente o trecho de Altamira do rio Xingu, que está abaixo dos valores mínimos já observados para essa época do ano.

Segundo a ANA, Belo Monte foi concebida para operar a fio d’água, aproveitando a força da correnteza dos rios para gerar energia elétrica, sem a necessidade de grandes reservatórios. As vazões naturais do complexo em 2024 têm se apresentado inferiores às observadas em 2023, ao ponto de a agência declarar níveis similares aos mínimos do histórico de dados.

Além da geração de energia, a seca no Xingu também afeta a navegação, tornando-a inviável em alguns trechos do rio.

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Outros casos  

Essa já é a quarta declaração de escassez hídrica emitida neste ano pela ANA.

 

Isso significa que quatro afluentes do rio Amazonas estão em situação crítica: os rios Madeira, Purus, Tapajós e Xingu.