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A Black Friday acontece só em novembro, mas os consumidores já pesquisam meses antes os preços dos produtos que desejam comprar no maior evento promocional do varejo.
Esse comportamento foi radiografado em estudo de intenção de consumo da Méliuz, com quase 40% dos 1.013 entrevistados (39,2%) declarando fazer cotações de itens de forma antecipada.
Segundo a empresa de tecnologia conhecida por ofertar venda de produtos com cashback, o percentual de entrevistados neste ano com este perfil se equipara ao resultado obtido no ano passado (39,5%).
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Para Gabriel Loures, diretor de novos negócios da Méliuz, o resultado indica que o consumidor brasileiro está mais atento às compras, para realmente pagar mais barato e evitar a famosa “Black Fraude”.
“Percebemos um consumidor com um ‘pé atrás’ e que quer garantir o melhor negócio para evitar a ‘Black Fraude’. Apenas 3% das pessoas começam a pesquisar os preços no dia da Black Friday”, diz o executivo ao InfoMoney.
A famosa pesquisa de preço antecipada, segundo Loures, também reforça a intenção de concretizar a compra. “Cerca de 50% dos entrevistados querem comprar itens de desejo, como smartphones, eletrônicos, eletrodomésticos, que têm ticket médio mais alto e exigem uma certa preparação”, avalia.
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Resultados da pesquisa da Méliuz:
A pesquisa da Méliuz foi realizada em agosto deste ano e tem margem de erro de 3%. Do total de entrevistados (1.013), 95% têm intenção de comprar produtos na Black Friday deste ano.
Em relação ao perfil dos respondentes, a maioria tem entre 31 e 35 anos (21%), é composta em sua maioria pelo público feminino (54%) e está concentrada na região Sudeste (54%) — seguida por região Nordeste (19%), Sul (15%), Centro-Oeste (8%) e Norte (4%).
Fabio Carneiro, CEO da Promobit, plataforma que agrega ofertas de e-commerces do Brasil, pondera que historicamente o consumidor costuma começar as pesquisas de preços em outubro no site.
“A partir de outubro, o consumidor começa a frear o gasto para aguardar a Black Friday e começar a pesquisar”, confirma o executivo. A Promobit faz parte da Cash3, grupo dono da Méliuz.
A plataforma lançou recentemente um comparador de preço interno, que avisa se a oferta postada é a mais barata da que já foi ofertada no site, para auxiliar o consumidor na hora da compra.
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Carneiro pontua que, em um cenário de juros altos e alta inadimplência, os consumidores precisam ser cautelosos em relação aos gastos na Black Friday para evitar estragos no orçamento familiar.
Black Fraude?
A Black Friday é historicamente associada a golpes e fraudes porque é a maior data de compras e promoções do varejo no país. Oportunidade também aproveitada por criminosos.
Em 2022, a empresa de segurança digital ClearSale evitou R$ 51,7 milhões em fraudes entre quinta e sábado da Black Friday — foram cerca de 40 mil pedidos fraudulentos. O resultado foi acima do esperado pela companhia, que previa evitar R$ 50 milhões em tentativas de fraudes na data.
O consumidor precisa redobrar a atenção para não integrar a lista de vítimas dos golpes no evento promocional. Veja dicas dos executivos da Méliuz e da Promobit para uma Black Friday mais segura:
- Separe a lista de itens que deseja comprar e analise o orçamento para entender se é possível comprar sem entrar em dívidas;
- Busque lojas confiáveis (garanta que são lojas conhecidas e confira reputação delas em sites como ReclameAqui);
- Fique atento às condições de cada loja, como entregas, fretes, meios de pagamentos;
- Compare preços para evitar a chamada “maquiagem” (quando a empresa aumenta o preço do produto dias antes da Black Friday para ofertar um suposto desconto no dia do evento, retomando o preço original e enganando o consumidor);
- Prefira pagar as compras no cartão de crédito: é uma opção mais segura, já que você pode contar com o apoio do banco e da bandeira, em caso de problemas;
- Desconfie de ofertas “muito boas”: a Black Friday é um dia descontos, mas faça comparações para não cair em tentações que podem ser falsas.
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