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SÃO PAULO – Às vésperas do Dia dos Namorados, os solitários lamentam a falta de alguém para poder telefonar durante as tardes no escritório, para ir ao cinema numa quarta-feira à noite, ou simplesmente para dar um passeio de bicicleta numa tarde de sábado. A vida de solteirão chega a ser triste e incompleta, especialmente naqueles dias em que precisamos contar uma notícia em primeira mão e não ficamos satisfeitos com as opções de nossa agenda de telefones. Porém, esse é apenas um lado da moeda.
Os mais independentes estão satisfeitos com essa maneira de viver. E não se importam de passar o 12 de junho sozinhos em casa ou numa daquelas “festas dos encalhados”, que os amigos promovem. A justificativa é uma só: é mais barato e dá menos trabalho estar solteiro.
Namorar, além do desgaste físico e emocional, pode vir a ser economicamente inviável. São rios de dinheiro gastos com presentinhos, flores, jantares, viagens e motéis. No fim das contas, o que foi investido, ou melhor, gasto, num relacionamento pode ser o suficiente para comprar um apartamento, dependendo o tempo de duração dessa “união instável”.
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Quem paga a conta?
Na hora de fechar a mesa no restaurante é sempre o mesmo drama. Quem vai pagar dessa vez? Rachar no meio, dividir de acordo com as despesas de cada um, ou
acertar tudo no cartão de um deles? De preferência do mais rico, é claro. Mas a tradição do homem sempre pagar a conta está com os dias contados. As mulheres,
que ainda ganham menos que seus namorados, relutam em deixar que seus companheiros façam essa gentileza. Afinal, estamos no século 21, e a igualdade entre os sexos é cada vez mais uma realidade.
Os garçons já estão acostumados a receber duas folhas de cheque após o jantar de um casal. Detalhe que os valores em muitos casos não são iguais, já que não é justo aquele que tomou três taças de vinho e pediu um menu completo pagar o mesmo de quem pediu somente uma saladinha e uma água mineral sem gás. Mas tudo depende
dos acordos pré-estabelecidos no relacionamento. Eu pago dessa vez; você paga na próxima. E não se fala mais nisso.
Nesse mundo onde o sexo frágil está fora de moda, pagar suas próprias despesas não compromete demais o orçamento de nenhuma das partes. Apesar das mulheres
continuarem adorando ser pegas em casa e não terem que abrir a bolsa no final do jantar. Então a afirmação de que namorar custa caro não é mais válida? Na verdade, não, pois o que engorda as despesas de um comprometido é o fato dele sair mais vezes para ir ao cinema, para jantar, enfim, qualquer tipo de programa que faz com que ele gaste mais do que se ele estivesse sozinho.
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Despesas aumentam quando se namora
Quando namoramos, as estatísticas comprovam que o grau de freqüência dos jantares fora de casa e do volume de gastos com presentes são muito maiores. Ao contabilizarmos nossos gastos com um relacionamento, a conclusão é que namorar tem um preço alto. Ou pelo menos o bastante para se poder comprar um apartamento
de dois dormitórios em 10 anos. Para se ter uma idéia dos gastos envolvidos, tomemos empresto uma planilha de despesas de um casal de classe média em São Paulo.
Por mês, são quatro jantares em média, que custam individualmente R$ 20 cada, ou seja, R$ 80. Cinema: um filme a cada duas semanas, o que equivale a R$ 20
mensais. Motel, no mínimo duas vezes por mês, o que não fica por menos de R$ 50 por “estadia”. Não podemos esquecer da gasolina extra que gastamos para se encontrar com nossa “razão de existir”; mais R$ 40 por mês. Também não podemos esquecer das despesas com roupas, presentes, perfumes, que por mês deve ficar em
média R$ 50. E para finalizar, talvez o item mais caro dessa cesta de consumo, a conta telefônica, especialmente para aqueles que não abrem mão de ficar pendurado e discutir os problemas da vida: mais R$ 55.
Ao todo, manter um relacionamento nesse nível custa, por mês, R$ 345. Mas imagine agora que ao invés de gastar esse dinheiro com os bens citados acima, você prefira aplicar num fundo de investimentos conservador, como um fundo DI, por exemplo. Certamente você terá uma surpresa com o resultado após 10 anos de economias. Com uma taxa de retorno mensal de 1,2%, a quantia acumulada no final do período é de mais R$ 91 mil, o suficiente para adquirir um apartamento de dois dormitórios em qualquer capital brasileira. Pense bem, e veja qual dos investimentos é mais vantajoso. Um imóvel a gente dificilmente perde, mas uma namorada…