Metrô de SP volta a operar após protesto de metroviários que fechou estações em pleno feriado

Linhas 1 (Azul), 3 (vermelha) e 15 (Prata) ficaram fechadas por horas neste 12 de outubro

Equipe InfoMoney

São Paulo (SP), 23/03/2023 - Estação Palmeiras-Barra Funda, linha 3 do Metrô, fechada durante a greve dos metroviários em São Paulo. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
São Paulo (SP), 23/03/2023 - Estação Palmeiras-Barra Funda, linha 3 do Metrô, fechada durante a greve dos metroviários em São Paulo. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

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A circulação dos trens do Metrô de São Paulo voltou ao normal, no feriado desta quinta-feira (12), após um protesto dos metroviários que fechou três linhas ( 1-azul, 3-vermelha e 15-prata) e deixou a linha 2-verde com lentidão na movimentação das composições acima do normal – superior a 30 minutos.

O problema foi causado por uma paralisação-surpresa realizada pelos metroviários, em retaliação a advertências que alguns funcionários do sistema paulistano de transporte sobre trilhos receberam do Metrô, administrado pelo governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Além do fechamento abrupto das estações, o paulistano que buscou se locomover pela capital paulista em um dia que seria tranquilo, por causa do feriado de Nossa Senhora Aparecida, enfrentou a chuva, que atinge diversas regiões da cidade de forma persistente desde o início da tarde.

Para contornar o problema, o Metrô acionou por algumas horas o Paese, sistema composto por ônibus que segue o trajeto das linhas afetadas pelo protesto.

O que diz o Sindicato dos Metroviários?

Segundo o Sindicato dos Metroviários de São Paulo, o Metrô deu advertências escritas para operadores de trens que se recusaram a dar um treinamento para outros funcionários, o que, ainda segundo o sindicato, seria uma retaliação à greve realizada pela categoria no último dia 3.

O treinamento seria para que, em casos de emergência, houvessem funcionários aptos a operar os trens. Os operadores teriam se recusado a realizar a capacitação e, por isso, foram advertidos formalmente.

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Metrô estuda medidas judiciais contra paralisação

Por meio de nota encaminhada ao InfoMoney, o Metrô ressaltou que a ação dos funcionários do sistema causou a paralisação, realizada com “pautas de interesse próprio e sem diálogo”.

Segundo o Metrô, a paralisação se deu por causa de “uma advertência por escrito dada a cinco operadores de trem em virtude da negativa reiterada destes profissionais de desempenhar as suas atribuições. Eles se negam a participar da formação e da aula prática ofertada a outros empregados que estão sendo treinados para a função de operação de trem, procedimentos que fazem parte da rotina dos metroviários”, disse a companhia.

“Vale ressaltar que a advertência não tem nada a ver com o objeto de greve recente, em 3 de outubro, não implica em suspensão ou demissão e que não há sequer impactos na remuneração. A advertência, por ora, cumpre apenas o seu papel de dar aos funcionários a oportunidade para que corrijam a conduta faltosa”, explicou.

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A advertência, ainda segundo o Metrô, pode ser questionada pelos empregados, se assim desejarem, na via administrativa ou judicial, o que não prejudicaria os passageiros.

O Metrô afirmou estudar medidas legais por conta da paralisação do serviço que prejudicou a população nesta quinta-feira sem aviso prévio. As linhas concedidas 4 (amarela) e 5 (lilás) à iniciativa privada não foram afetadas e permanecem com operação regular.

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