Proteste testou 11 umidificadores de ar; veja os resultados

Associação avalia os melhores modelos e a forma correta de utilizá-los, especialmente no inverno que tem baixa umidade do ar

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – O inverno é um período tradicionalmente mais seco no Brasil e, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), a taxa de umidade ideal para o organismo humano saudável é de 50% a 80%.

Porém, em algumas regiões do país nessa época do ano, ela pode cair em determinadas ao ponto de causar dor de cabeça, ressecamento da pele e acentuar problemas respiratórios como alergias, asma e rinite. Para não adoecer, é recomendável beber muita água, hidratar a pele e, muitas vezes, usar umidificador.

Por isso, a Proteste testou 11 modelos desses aparelhos que prometem amenizar a sensação de secura do ar. Todos os aparelhos testados elevam a umidade, mas poucos conseguem estabilizá-la de maneira adequada, segundo a associação de defesa do consumidor.

O teste foi realizado em um local com umidade relativa inicial de 75% e temperatura média de 22°C. Assim, foi possível analisar com folga o aumento da umidade relativa. 

Entre os modelos que se destacaram, o Mondial Confort Air 2, foi o que deu um resultado mais efetivo ao conseguir aumentar a umidade do ar em 3,9%, aponta a Proteste. Em seguida ficaram os aparelhos Black & Decker Air1000 e IBBL SK6150, que causaram uma elevação de 1% e 1,1% na umidade, durante três e cinco horas, respectivamente. Já o modelo Ventisol U-02 teve uma nota ruim, pois obteve só 0,2% de aumento médio.

 Porém, o produto não pode só elevar a umidade, e sim mantê-la o maior tempo possível também, sem muita variação, explica a Proteste. Ter um “sobe desce” pode denunciar a ineficiência do aparelho.

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 O GTech Allergy Free Baby, por exemplo, se saiu bem quanto ao aumento da umidade e chegou a elevar a umidade em 6% em determinado momento, mas deixou que ela caísse rapidamente e repetidas vezes. Do outro lado, os destaques positivos foram Cosmos Batiki JSS12501, Elgin UNZN02NONA, IBBL e MedLevensohn Ultrassônico HYB-62, que tiveram baixa variação.

Outro fator que mostra bom desempenho desses aparelhos é a autonomia do reservatório de água, ou seja, o tempo que ele leva para esgotar o reservatório cheio. Nesse teste, apenas dois não tiveram um bom resultado: o Britania Air Clean, que foi considerado ruim, e o Mondial, que recebeu nota aceitável.

Manual de instruções

A Proteste também avaliou características do manual de instruções, se as informações completas e compreensíveis, como orientações de uso e segurança. O melhor guia entre os modelos avaliados avaliados foi o IBBL, mesmo com letra pequena no texto. Por outro lado, o Relax Medic recebeu uma nota bem baixa por ter letras pequenas, poucas informações e poucas figuras.

Além disso, também foi verificada a facilidade de uso e todos se saíram bem nessa avaliação. Os destaques foram os modelos Black&Decker, IBBL, MedLevensohn e Ventisol por terem tampas largas e fáceis de abrir, e um orifício de abastecimento de água mais amplo, que facilita na limpeza. Já a abertura do reservatório do RelaxMedic é muito próxima à chaminé, o que dificulta na hora de colocar água no reservatório.

Melhores desempenhos

O melhor modelo, segundo a Proteste, ou seja, o que obteve a maior nota no teste, foi o Black&Decker Air1000, por elevar a umidade do ar a um bom nível, e mantê-lo por um tempo razoável.

“É fácil de usar, conta com um bom manual de instruções e tem um controle de névoa eficiente”, explica a entidade.

A “escolha certa” apontada pela Proteste, que avalia o melhor custo benefício, é o Elgin UNZN02NONA, pois teve um desempenho satisfatório, com a segunda menor variação de umidade do teste. “Possui um bom manual de instruções, mas o controle de névoa é seu ponto fraco, por não contar com um seletor contínuo”, explica a associação.

Contatada pelo InfoMoney, as empresas envolvidas nos testes ainda não se posicionaram sobre os resultados até o momento.