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SÃO PAULO – Segundo informações do portal Deadline, a produtora responsável pelo filme “O Lobo de Wall Street” está sob acusação de ter desviado um total de US$ 3 bilhões de um fundo público da Malásia que utilizado na produção do filme.
A denúncia foi apresentada nesta quarta-feira (20) em Los Angeles pelo Departamento de Justiça norte-ameircano, que também já está investigando o esquema.
A acusação aponta que os fundadores da produtora Red Granite, Riza Aziz e Christopher McFarlan, o financista malaio Low Taek Jho, um chefe de investimentos do fundo malaio 1MDB e um ator de papel principal do filme, cujas suspeitas apontam para Leonardo DiCaprio, estariam envolvidos no esquema.
Além de terem desviado dinheiro, eles também foram acusados de utilizar empresas de fachada para pagar dívidas de jogos em Las Vegas, alugar iates de luxo, contratar um decorador de interiores e até gastar US$ 35 milhões com uma empresa de jatos particulares.
O fundo 1MDB foi criado em 2009 pelo primeiro ministro da Malásia, Najib Razak, para proporcionar “bem-estar econômico e social” ao país. Um dos responsáveis pela criação do fundo, junto de Najib, foi Low Taek Jho, conhecido como Jho Lo; ele é um dos principais investigados pelo esquema e teria desviado mais de US$ 400 milhões. Riza Aziz também é um dos alvos, já que é enteado do primeiro ministro.
Por conta disso, os direitos de “O Lobo de Wall Street” devem ser confiscados, tal como todos os bens da produtora Red Granite.
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Em resposta às acusações, a produtora divulgou um comunicado dizendo que não fez nada de errado. “Para conhecimento da Red Granite, nenhum dos financiamentos que a empresa recebeu quatro anos atrás era ilegítimo e não há nada na ação civil de hoje alegando que a Red Granite sabia disso”, disse. As operações atuais da empresa não serão afetadas pela investigação.