Publicidade
A 123 Milhas perdeu o direito de operar no Distrito Federal, segundo informou o Procon local. Segundo o órgão de defesa do consumidor, a empresa não pode vender novas passagens aéreas ou pacotes de viagens, mesmo os promocionais.
A decisão do Procon do DF, que é cautelar, ocorre após o pedido de recuperação judicial protocolado na terça (29) pela 123 Milhas na 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte (MG).
Desde a data da suspensão dos voos da linha promocional da companhia, no dia 18, até a segunda-feira (28), 142 consumidores já haviam registrado reclamação no órgão em relação ao atendimento da empresa. O número representa se aproxima da totalidade das queixas contra a 123Milhas no ano passado e quase o dobro de reclamações em 2021 no órgão.
Clientes da 123Milhas também relatam enfrentar dificuldades para receber os serviços contratados ou o ressarcimento dos valores pagos – que foi disponibilizado exclusivamente por meio de vouchers, a serem utilizados em outros produtos dentro da plataforma.
Além das dificuldades já postas, o pedido de recuperação judicial protocolado pela empresa aumentou as incertezas dos consumidores sobre a real chance de receber qualquer ressarcimento, uma vez que o processo permite que as empresas em RJ suspendam e renegociem parte das dívidas acumuladas em um período de crise, segundo o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec).
“O pagamento aos credores é adiado ou suspenso por tempo determinado, permitindo que a empresa foque no pagamento de funcionários, tributos e matéria-prima essenciais para o funcionamento do negócio”, explica o instituto.
Continua depois da publicidade
Ao anunciar o pedido de recuperação judicial, a 123Milhas argumentou que a medida tem como objetivo “assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos com clientes, ex-colaboradores e fornecedores” e que “permitirá concentrar em um só juízo todos os valores devidos”.
A empresa acredita que, dessa forma, chegará “mais rápido a soluções com todos os credores para, progressivamente, reequilibrar sua situação financeira”.
A recuperação judicial ainda precisa ser aprovada na Justiça.
Continua depois da publicidade
(Com informações da Agência Brasil)