Primeiro carro elétrico da Ferrari deverá custar R$ 2,94 milhões

A marca italiana disse que lançará um carro elétrico no final do próximo ano - e abrirá uma nova fábrica para produzir o modelo

Reuters

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O primeiro carro elétrico da Ferrari custará pelo menos 500.000 euros (R$ 2,94 milhões), disse uma fonte familiarizada com o assunto à Reuters, enquanto a montadora de luxo se prepara para abrir uma fábrica que produzirá o modelo – e poderá aumentar a produção em até um terço.

A marca italiana disse que lançará um carro elétrico no final do próximo ano, e o preço planejado mostra sua confiança de que motoristas ricos estão prontos para ele, mesmo quando os rivais estão reduzindo os preços dos veículos elétricos em meio a uma demanda vacilante.

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O preço, que não inclui funcionalidades e toques pessoais que normalmente acrescentam de 15% a 20% no valor, está bem acima do preço médio de venda de cerca de 350.000 euros (R$ 2,06 milhões), incluindo extras, para uma Ferrari no primeiro trimestre deste ano, e de muitos veículos elétricos de luxo rivais.

Em um segmento menos exclusivo, o Taycan elétrico da Porsche começa em cerca de 100.000 euros (R$ 587.800).

A Ferrari não respondeu a um pedido de comentário sobre o preço de seu primeiro veículo elétrico ou sobre a nova fábrica, que deve ser inaugurada em sua cidade natal, Maranello, no norte da Itália, na sexta-feira (21).

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Ferrari. (Foto: Adrian Newell/ Unsplash)

A fábrica – ou e-building – é um movimento ousado para a empresa, que entregou menos de 14.000 carros no ano passado, pois permitirá que a capacidade de produção aumente para cerca de 20.000, disse a fonte, falando sob condição de anonimato.

A exclusividade é a base do prestígio da marca e também de seus preços altos e, portanto, qualquer aumento na produção traz riscos.

No entanto, a Ferrari demonstrou com seu SUV Purosangue, lançado em 2022, que pode obter sucesso expandindo para além de seus tradicionais carros esportivos de dois lugares e grand tourers.

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“Há uma demanda crescente por Ferraris, e há espaço para atender parte dela sem comprometer a exclusividade”, disse Fabio Caldato, gerente de portfólio da AcomeA SGR, que detém ações da Ferrari.

As listas de espera para alguns modelos podem chegar a dois anos.

“Isso não está diminuindo. Estar na lista de espera é, por si só, um símbolo de status”, disse Caldato, observando um aumento de clientes ricos em potencial em mercados emergentes, como a Índia e o Oriente Médio.