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O preço médio da gasolina comum subiu 1,4% nos postos de combustíveis na semana passada, de R$ 4,79 para R$ 4,84 o litro, segundo o levantamento semanal da Agência Nacional de Petróleo, Biocombustíveis e Gás Natural (ANP), divulgado na segunda-feira (17).
A alta de R$ 0,05 interrompe um ciclo de 15 semanas consecutivas de queda, indicando uma exaustão nos esforços do governo federal para reduzir o preço ao consumidor através do corte de impostos e de reduções nos preços praticados pela Petrobras (PETR3;PETR4) nas refinarias.
Desde o pico histórico de R$ 7,39 por litro, registrado no fim de junho, a gasolina chegou a recuar 35% até o começo de outubro (veja mais abaixo). Mas, com a alta do preço do petróleo e sem novas reduções da Petrobras nas últimas semanas, o preço do insumo voltou a subir nos postos brasileiros.
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Antes desse movimento de baixa, a gasolina acumulava alta de 70,6% nos postos desde janeiro de 2019, no início do governo Jair Bolsonaro (PL). Assim, os esforços do governo para reduzir os preços na véspera das eleições ainda não compensaram a escalada experimentada nos três anos e meio anteriores.
Pressão sobre a Petrobras
Os preços cobrados pela Petrobras estão inclusive abaixo do praticado no mercado internacional, ao contrário do que prevê o PPI (Preço de Paridade de Importação). A defasagem da gasolina estava em 10% na semana passada, segundo dados da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom).
Como o preço no Brasil está mais baixo do que lá fora, o governo federal tem pressionado a Petrobras nas últimas semanas para que não reajuste o combustível até o segundo turno, para não prejudicar o presidente Jair Bolsonaro (PL) em sua disputa contra o ex-presidente Lula (PT) pela reeleição.
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Já o preço médio do diesel S10 caiu 0,2% nas bombas na semana passada, de R$ 6,67 para R$ 6,65 (a 16ª semana seguida de queda). Mas a Abicom diz que o preço praticado pela Petrobras para o diesel está 12% mais barato do que no exterior e deveria ser aumentado em R$ 0,70 por litro para atingir a paridade.
Gás de cozinha
Já o botijão de 13 kg de gás de cozinha (GLP), produto amplamente consumido pelas camadas mais pobres da população, tem sido vendido por R$ 110,99, em média — leve alta de 0,3% ante os R$ 110,62 da semana anterior, segundo a ANP.
O preço do botijão vinha em alta no varejo até o fim de setembro, mas caiu após duas reduções seguidas da Petrobras nas refinarias (em 13 e 22 de setembro). Mas, apesar das últimas reduções, o produto custa hoje 25% a mais no Brasil do que no mercado internacional.
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Um botijão de 13 kg custa cerca de R$ 39 no exterior, enquanto a Petrobras cobra R$ 49,19 no Porto de Santos. O preço final para o consumidor inclui impostos e as margens de revenda.
(Com Estadão Conteúdo)
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