Publicidade
O consumo das famílias cresceu 2,33% entre janeiro e maio, segundo dados a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Entre os fatores que puxaram a alta estão o reajuste do salário mínimo e dos servidores federais e o resgate de valores do PIS/Pasep.
O vice-presidente da Abras, Marcio Milan, afirmou que “as famílias têm podido organizar melhor” as finanças nos últimos meses. Ele também atribuiu a melhora à ampliação da isenção do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) em maio.
A associação diz também que, em média, o valor da cesta básica teve leve queda de abril para maio, de R$ 751,29 para R$ 750,22. Os dados foram divulgados na quinta-feira (29).
Continua depois da publicidade
O valor da cesta básica de 12 produtos (açúcar, arroz, café moído, carne, farinha de mandioca, farinha de trigo, feijão, leite longa vida, margarina, massa/macarrão, óleo de soja e queijo) fechou em R$ 322 em maio, uma redução de 0,14% ante abril.
Entre os produtos ficaram mais baratos estão o óleo de soja (-7,11%), a carne bovina – corte dianteiro (-0,93%), o frango congelado (-1,80%) e a batata (-1,90%). Entre os que ficaram mais caros estão o tomate (+6,65%), o leite longa vida (+ 2,37%) e o xampu (+1,28%).
A Abras diz que muitas marcas têm surgido nas gôndolas, um movimento que também tem relação com a multiplicação de marcas exclusivas dos mercados — que acabam sendo, muitas vezes, uma opção mais em conta para os clientes.
Continua depois da publicidade
Milan cita o exemplo do feijão: são 73 marcas atualmente, contra 71 em maio de 2021. “No ano passado, com a renda reduzida, o consumidor passou a substituir marcas”.
A perspectiva da associação, no entanto, é positiva para o futuro, com novos incrementos de renda, como os oriundos de programas de transferência de renda, e o pagamento do benefício variável familiar do Bolsa Família e do auxílio-gás.