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SÃO PAULO – Depois de registrar em outubro o maior volume mensal de vendas de 2020, o mercado automotivo brasileiro superou em novembro os números do período anterior. Com 225 mil veículos vendidos no mês passado, a alta em relação a outubro foi de 4,65%, segundo os dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Mesmo com a melhora dos indicadores mensais, na comparação anual as vendas em novembro ainda representam queda de 6,95% sobre o mesmo mês de 2019. No acumulado de janeiro até novembro, as vendas ainda são 28,62% inferiores ao volume registrado no mesmo período do ano passado, evidenciando o impacto da pandemia no setor.
Em relação aos modelos mais vendidos, o ranking de novembro não trouxe muitas novidades: Chevrolet Onix e o sedã Onix Plus, ambos da GM, continuam liderando a lista. Os modelos tiveram 14.292 e 12.135 emplacamentos, respectivamente, ao longo do último mês.
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Segundo a Fenabrave, a Fiat teve a maior participação no mercado de veículos novos no Brasil no último mês, concentrando 18,42% de todas as vendas do país. Na segunda colocação, aparece a GM, com 18,3% de participação nas vendas, seguida da Volkswagen (16,03%) e Hyundai (8,42%).
Os carros e SUVs mais vendidos em novembro
No mês de novembro, foram vendidas 14.292 unidades do Onix hatch e 12.135 do sedã Onix Plus. Eles são seguidos pelo Fiat Strada, com 9.614 emplacamentos e pelo Hyundai HB20, bem na cola da picape da Fiat, com 9.465 carros emplacados.
Em 5º, 6º e 7º lugares, aparecem os modelos Fiat Argo, Volkswagen Gol e Ford Ka com 8.455, 8.400 e 7.526 unidades vendidas, respectivamente.
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Entre os SUVs, o Jeep Renegade (6.544) conseguiu passar o Chevrolet Tracker (6.428), décimo veículo mais vendido em novembro. O Volkswagen T-Cross conseguiu crescer no mês e passou da 15° posição em outubro para a 13º em novembro, com 5.562 veículos vendidos.
Confira abaixo os dez veículos mais vendidos em novembro:
Marca/Modelo | Unidades emplacadas |
Chevrolet Onix | 14.292 |
Chevrolet Onix Plus | 12.135 |
Fiat Strada | 9.614 |
Hyundai HB20 | 9.465 |
Fiat Argo | 8.455 |
Volkswagen Gol | 8.400 |
Ford Ka | 7.526 |
Fiat Toro | 6.611 |
Jeep Renegade | 6.544 |
Chevrolet Tracker | 6.428 |
Setor em rota de reaquecimento
Ao comparar os números do começo do ano com os de outubro, é possível perceber uma lenta melhora do setor automobilístico.
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Em janeiro e fevereiro, quando a pandemia ainda não havia chegado ao Brasil, foram registrados, respectivamente, 184.117 e 192.639 emplacamentos de veículos leves. Após uma queda abrupta em abril, que registrou apenas 51.362 vendas, o setor começou a se recuperar.
Em maio, já foram 56.635 unidades. Em junho, vimos um salto de 116%, com 122.772 veículos novos vendidos. Em julho, o setor teve 163.075 modelos emplacados. Já em agosto, foram vendidos 173.544 novos veículos no país, apenas 10% abaixo do mês auge de vendas do setor no pré-pandemia, que foi fevereiro.
Em setembro, 198.792 unidades foram emplacadas – o que representa um aumento de 14,55% ante agosto, mas uma queda de 11% em relação ao mesmo mês de 2019.
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Em outubro, o setor teve seu melhor mês de vendas no ano, com 205.244 veículos comercializados no período, uma alta registrou alta de 3,3% sobre setembro. No mês seguinte, novembro, o setor registrou outro recorde.
Milad Kalume Neto, gerente de desenvolvimento de negócios da consultoria automotiva Jato Dynamics no Brasil, acredita que os resultados do mês de novembro demonstram que o setor já caminha para um cenário de melhora. Mas lembra que, tradicionalmente, as vendas do segundo semestre sempre são maiores em comparação ao primeiro semestre.
Para o especialista, o bom resultado de vendas de novembro representa um ótimo termômetro para o final do ano e para 2021. Mas Kalume Neto destaca um temor que assombra o mercado automobilístico e muitos outros: a segunda onda da pandemia e seus efeitos sobre o consumo. “Se isso acontecer, todas as previsões otimistas irão por água abaixo”, argumenta.
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