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SÃO PAULO – A NASA anunciou, na última sexta-feira (7), que permitirá o envio e a hospedagem de cidadãos para a Estação Espacial Internacional (ISS) por empresas privadas. Essa mudança reverte uma regra antiga que proibia turistas e interesses privados no laboratório de pesquisa em orbita.
As empresas devem escolher os turistas interessados para a viagem sabiamente, pois essa ida a ISS não será nada barata. A NASA estima algo entre US$ 58 milhões por assento (pessoa), fora a “taxa de hospedagem” de US$ 35 mil a diária.
Os foguetes e as capsulas de lançamento que serão usadas para o traslado de civis à ISS estão sendo desenvolvidas pela Boeing, responsável pela CST-100 Starliner, e pela SpaceX, de Elon Musk, que ficou encarregado de construir a capsula Crew Dragon.
As duas empresas devem transportar os “astronautas” para a ISS a partir de solo norte-americana e a NASA permitirá duas viagens anuais, com duração máxima de 30 dias. A primeira missão espacial está programada para 2020.
“Nós não podemos fazer isso sozinhos. Estamos indo atrás do setor privado norte americano para empurrar a fronteira econômica para o espaço”, disse Bill Gerstenmaier, o executivo da NASA responsável pela exploração espacial.
Cada espaçonave pode carregar de cinco a sete pessoas, desde turistas a pesquisadores, ou qualquer outro interessado em conhecer a “mais fascinante estação de pesquisa construída pela humanidade”, afirma Gerstenmaier.
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Jeff DeWit, CFO da NASA, diz que abrir as portas da exploração espacial para inciativa privada dá à agência mais espaço e recursos para se concentrar na meta do governo Trump de retornar à Lua até 2024, um plano que pode até ser alimentado e acelerado pela receita gerada pelos novos serviços comercias e pelos pagantes.
A SpaceX divulgou, no ano passado, qual será seu primeiro turista em orbita: o bilionário japonês Yusaku Maezawa. Ele comprou todos os assentos disponíveis para a viagem, mas o valor total não foi revelado: a própria SpaceX disse apenas que o primeiro “turista de orbita” já pagou a entrada e que é uma “quantia significativa”.
“Ele está pagando para os cidadãos comuns viajarem para outros planetas. E está pagando muito dinheiro por isso”, disse Musk, reforçando a missão da SpaceX de colonizar o espaço. Objetivo que fica cada vez mais perto com esse primeiro acordo entre a SpaceX, a ISS e a NASA.
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