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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse que não há margem para ampliar os créditos para as montadoras de carros, que já pedem mais recursos além dos R$ 500 milhões reservados para o programa que permitiu a redução no preço dos veículos.
“Não há margem”, disse o ministro ao comentar a mudança na perspectiva de rating da S&P para o Brasil. A agência de classificação de risco manteve em “BB-” o risco soberano de longo prazo do país, em moeda estrangeira, mas alterou a perspectiva de estável para positiva (o que não ocorria desde 2019).
Mais cedo, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), disse que não havia nenhuma decisão tomada sobre uma eventual ampliação ou remanejamento de créditos dentro do programa.
“Não tem nenhuma decisão a esse respeito”, afirmou Alckmin a jornalistas. Diante da insistência de repórteres, o vice disse que o programa “está indo muito bem” e ponderou: “Cada coisa a seu tempo”.
Mais dinheiro5
Balanço divulgado pelo MDIC na quarta-feira (14) mostra que, do R$ 1,5 bilhão disponibilizado pelo governo, R$ 340 milhões já foram solicitados pelas montadoras de carros, ônibus e caminhões. Dos R$ 500 milhões reservados apenas para veículos leves, as montadoras já requisitaram R$ 150 milhões.
Esses créditos tributários às montadoras devem ser revertidos em descontos no preço dos veículos para os consumidores.
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A Fenabrave (federação das concessionárias de automóveis) diz que o movimento nas revendas chegou a mais do que triplicar (alta superior a 200%) na primeira semana de descontos e que os créditos tributários liberados pelo governo não devem durar muito mais do que 30 dias.
Na semana passada, a Anfavea (associação das montadoras) já havia dito que os descontos nos carros que custam até R$ 120 mil devem durar só um mês “ou um pouco mais”, um período bastante inferior aos quatro meses projetados pela gestão Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
(Com Estadão Conteúdo)