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SÃO PAULO – Apesar de levarem a fama, não são as mulheres que mais gastam com roupas, calçados e acessórios. Pesquisa realizada pelo Provar (Programa de Administração do Varejo), da FIA (Fundação Instituto de Administração), em parceria com a Felisoni & Associados, revelou que são os homens que mais desembolsam com os itens, pelo menos na cidade de São Paulo.
Quando o assunto são as roupas, eles gastam em média R$ 340,78 por compra, enquanto as mulheres desembolsam R$ 242,43 em média. A diferença é de 40,57%. “O que pode estar relacionado com o poder aquisitivo maior dos homens”, afirmou a coordenadora de pesquisas da Felisoni & Associados, Patrícia Vance.
Em relação aos calçados, a diferença de gastos entre homens e mulheres é maior, de 56,31%: elas gastam em média R$ 167,23 e eles, R$ 261,39. Nos acessórios, por sua vez, a diferença é de 47,24%, uma vez que as brasileiras costumam gastar em média R$ 62,32 e os companheiros do sexo masculino, R$ 91,76.
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Menor valor, mas maior freqüência
Gastando menos, as mulheres vão mais vezes às compras de roupas, calçados e acessórios. Para se ter uma idéia, os homens costumam, em média, fazer uma aquisição de vestuário a cada dois meses. As mulheres tomam a mesma decisão uma vez por mês.
Considerando os sapatos, eles compram a cada três meses, enquanto as mulheres adquirem o item, em média, a cada dois meses. Acessórios são adquiridos pelos brasileiros num período médio de dois meses e meio.
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Já entre as mulheres, a pesquisa detectou que a freqüência cai para uma vez por mês. “A mulher gasta menos por compra, mas compra mais vezes”, ressaltou a coordenadora de pesquisas.
Preço baixo e forma de pagamento
Em relação ao perfil de ambos os sexos, ainda é possível dizer que as mulheres buscam mais preços baixos do que os homens. Na pesquisa, 80 mulheres apontaram este como o fator mais importante para a aquisição. Dentre os homens, o número caiu para 46. O levantamento foi realizado com 500 entrevistados.
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Sobre as formas de pagamento mais usadas na compra de roupas, calçados e acessórios, a principal apontada foi à vista, com 56% das respostas. O cartão de crédito parcelado está na segunda posição, com 35%, sem distinção entre homens e mulheres.
Questionada sobre o consumo destes itens em 2008, a coordenadora disse que foi afetado pelo aumento da taxa básica de juro e da inflação. “Em termos de economia, se, por um lado, tivemos aspectos muito positivos, como crescimento da classe C e da renda, por outro, a taxa de juros aumentou e a inflação também, o que diminuiu o ritmo de avanço do consumo”.
No entanto, a expectativa é de que a situação se normalize até outubro. “Haverá uma redução do nível de juros, que afeta diretamente o consumo”.