Mc lidera, Habib’s salta e Bob’s cai: veja os 10 fast foods mais consumidos no Brasil

Ranking da Kantar mostra BK em segundo lugar e Grupo Habib’s em terceiro

Maria Luiza Dourado

Placa do McDonald's 
04/03/2024
REUTERS/Yves Herman
Placa do McDonald's 04/03/2024 REUTERS/Yves Herman

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O McDonald’s é a marca de fast food mais consumida fora de casa entre os brasileiros, seguida por Burger King e Grupo Habib’s. É o que mostra um ranking produzido pela empresa de dados, insights e consultoria Kantar.

O levantamento usa a métrica Consumer Reach Points (CRP), que mede quantos indivíduos estão comprando produtos de determinada empresa e com que frequência isso ocorre. Quanto maior o número, mais acessada é a marca.

A Kantar ressalta que não se trata de um ranking volumétrico, mas sim das redes que apresentam mais pontos de contato com o consumidor.

A análise, cujo universo representa 48 milhões de indivíduos no Brasil, foi feita no período de 12 meses terminados em março de 2024, em comparação com o mesmo intervalo do ano anterior, em sete regiões metropolitanas: Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

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Apesar de ter perdido frequência e penetração de compra no último ano, o McDonald’s é a líder do ranking, com 41,9 milhões de pontos de contato. O Burger King aparece em seguida, com pouco mais de 26 milhões de CRP, destacando-se pelo crescimento no número de compradores (+3,9%). O Grupo Habib’s anotou 15,3 milhões de CRP, um salto de 17,5% de novos compradores.

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“As marcas que estão no topo do ranking se destacam pela conveniência (lojas bem localizadas), sabor e inovação. A busca por novos consumidores e o direcionamento de campanhas criativas para o público que consome fast food, como vem fazendo o Burger King, são essenciais para aumentar os pontos de contato com o consumidor e incrementar vendas”, comenta Hudson Romano, gerente sênior de consumo fora do lar da Kantar.

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Na contramão, a rede Bob’s apareceu em 10º lugar, após uma significativa queda de compradores e frequência, que levaram a um declínio de quatro posições, perdendo espaço para Giraffas, China In Box, Ragazzo e Madero. Segundo a Kantar, a principal causa dessa retração são problemas com a distribuição das lojas, apesar do destaque para o sabor.

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Redes nacionais

Redes menores e nacionais vêm conseguindo se conectar com o momento atual do consumo no Brasil. Um exemplo é o Giraffas, que subiu duas posições, para o quinto lugar, com 7,9 milhões de CRP; o China In Box, que ganhou três posições e conquistou o sexto lugar (5,9 milhões); e o Ragazzo, na oitava posição (5,1 milhões).

Isso indica um movimento de diversificação desse segmento, para além de pizza e hambúrguer, e a necessidade das redes se tornarem uma opção para refeição e não apenas prazer e lazer.

Consumo por classes

O público das classes A/B já vem usando o fast food no dia a dia durante as refeições, enquanto as classes D/E ainda o associam a momentos de lazer, principalmente aos finais de semana. A ocasião mais frequente no segmento de comida rápida é o jantar, alcançando 40 milhões de pontos de contato.

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O consumo da modalidade vem se fortalecendo principalmente nas classes A/B e D/E, que crescem, respectivamente, 5% e 11%, e também com o público jovem até 29 anos (+11,2%).

Momento do fast food

Para a Kantar, este é um bom momento para o mercado de fast food no Brasil. Mesmo com alto gasto médio (+31,6%) em decorrência da inflação e do repasse de preços, os brasileiros aumentaram o consumo fora do lar.

No primeiro trimestre de 2024, em comparação ao mesmo período do ano anterior, houve alta de 34% em valor, crescimento de 14,1% em unidades e ascensão de 30,7% em ocasiões de consumo. E o canal de fast food liderou o crescimento em valor, com alta de 9,7% na contribuição.

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“As redes que souberem entender qual é seu público e proporcionar jornadas de compra que associem sabor com conveniência e bom custo-benefício conseguirão conquistar novos compradores e aumentar a frequência dos clientes habituais. Além disso, ter boas ferramentas de delivery, em franca ascensão entre todas as classes sociais no país, é indispensável para o bom desempenho dessas marcas”, diz Romano.

Maria Luiza Dourado

Repórter de Finanças do InfoMoney. É formada pela Cásper Líbero e possui especialização em Economia pela Fipe - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas.