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A Lufthansa acrescentará uma taxa ambiental de até 72 euros às suas tarifas, afirmou o grupo nesta terça-feira (25), enquanto a indústria luta para cobrir o custo do cumprimento das novas regras da União Europeia sobre a redução de emissões.
As companhias aéreas alertam há anos que as regulamentações que exigem o uso de combustível de aviação sustentável (SAF) – que é mais caro – podem aumentar os custos.
As tarifas aumentarão entre 1 euro e 72 euros, dependendo do tipo de bilhete, em todos os voos com partida de países da União Europeia, no Reino Unido, Noruega e Suíça, informou o grupo aéreo alemão.
Alguns dos aumentos entram em vigor a partir de 26 de junho e outros a partir de 2025.
A companhia disse que a taxa cobriria “parte dos custos adicionais cada vez maiores devido a requisitos ambientais regulatórios”, como SAF, feito de materiais de base biológica – considerados cruciais para tornar o voo menos poluente.
Emissões na aviação
A aviação é considerada responsável por cerca de 2% das emissões mundiais, mas é vista como um dos setores mais difíceis de descarbonizar, uma vez que o combustível para voos não pode ser facilmente substituído por outros tipos de energia.
Os reguladores europeus introduziram regras que exigem aos fornecedores de combustível que garantam que 2% do combustível nos aeroportos da UE seja SAF até 2025, aumentando para 6% em 2030 e 70% em 2050.
A Air France-KLM está avaliando medidas amplamente semelhantes às da Lufthansa, disse uma fonte familiarizada com o assunto. O grupo já adotou uma taxa de contribuição SAF em janeiro de 2022, disse, adicionando uma sobretaxa de até 12 euros para tarifas executivas e de até 4 euros para econômicas.
“Temos uma contribuição SAF em vigor, aplicável a todos os voos [não apenas na partida da Europa] para refletir de forma transparente o custo adicional da incorporação de combustível de aviação sustentável”, disse um porta-voz da Air France-KLM em comunicado enviado por e-mail.