Litro do diesel deveria subir R$ 0,62 e o da gasolina R$ 0,32 para atingir paridade internacional

Diferença era de respectivamente R$ 0,17 e R$ 0,28 na terça, segundo associação de importadores; preço do diesel deve continuar subindo no exterior

Equipe InfoMoney

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O preço do litro do diesel deveria subir R$ 0,62 no mercado brasileiro e o da gasolina, R$ 0,32, para ficarem alinhados ao do mercado internacional, segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) divulgados nesta sexta-feira (7).

A associação diz que defasagem atual é de 11% para o diesel e de 8% para a gasolina e que o preço do diesel deve continuar subindo no exterior, devido à chegada do inverno no Hemisfério Norte (o que aumenta o consumo mundial do combustível).

“O mercado internacional do diesel e o câmbio pressionam os preços domésticos. A arbitragem está desfavorável para importações”, afirmou a Abicom em seu relatório diário sobre os preços internacionais na comparação com o mercado interno.

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A diferença de preços para o exterior tem crescido nos últimos dias, pois na terça-feira (4) era de “apenas” R$ 0,17 para o diesel e de R$ 0,28 para a gasolina (uma defasagem média de 3% e 8% respectivamente).

Membros da diretoria da Petrobras (PETR3;PETR4) têm sido pressionados pelo governo Jair Bolsonaro (PL) para que não reajuste os preços dos combustíveis até o 2º turno da eleição, marcado para o dia 30.

Alta no petróleo

Analistas do setor já veem risco de que o petróleo suba para a casa dos US$ 100 nos próximos dias. O preço da commodity, que chegou a ser negociado acima de US$ 120 há cerca de 3 meses e caiu para US$ 80 recentemente, está sendo negociado por volta dos US$ 90 no momento.

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A commodity passou a subir no mundo inteiro após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) decidir cortar a produção em 2 milhões de barris por dia (bpd) a partir de novembro — a maior redução desde 2020.

Pressão sobre a Petrobras

O último reajuste do diesel anunciado pela Petrobras, agente dominante no mercado brasileiro, ocorreu há 18 dias (redução de 4,1% no preço nas refinarias) e há 36 dias no caso da gasolina (queda de 4,8%).

Procurada pelo jornal O Estado de S. Paulo, a estatal afirmou “que não existe uma referência única e percebida da mesma maneira por todos os agentes, sejam eles refinadores ou importadores” e que “segue monitorando continuamente o mercado e os movimentos nas cotações de mercado do petróleo e dos derivados, que atualmente experimenta alta volatilidade”.

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“A companhia reafirma seu compromisso com a prática de preços em equilíbrio com o mercado, sem repassar a volatilidade conjuntural nem movimentos especulativos como os que estão sendo observados recentemente”, afirmou a Petrobras por meio de nota.

(Com Estadão Conteúdo)