Lenovo enfrenta Xiaomi na China após reanimar marca Motorola

O relançamento da Motorola depois de dois anos de ausência foi “muito bem-sucedido”

Bloomberg

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A Lenovo Group Ltd. pretende desafiar a Xiaomi Corp. no maior mercado de smartphone do mundo concentrando-se mais nas vendas on-line, pois a demanda dos compradores pela internet garantiu um retorno de sucesso de sua marca Motorola à China.

“Vamos de frente” contra a Xiaomi, disse Liu Jun, presidente do grupo de negócios móveis da Lenovo, em entrevista no Mobile World Congress em Barcelona. “Eles têm a vantagem de terem feito um excelente trabalho no mercado on-line. Mas as vantagens da Lenovo são hardware, cadeia de distribuição e inovação”.

O relançamento da Motorola depois de dois anos de ausência foi “muito bem-sucedido”, disse Liu. O início das vendas, um pouco antes da principal temporada de férias da China, elevou a empresa ao segundo lugar em aparelhos portáteis que custam mais de 3.000 yuans (US$ 480) na loja virtual JD.com, disse ele.

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A Lenovo comprou a Motorola Mobility do Google Inc. por US$ 2,9 bilhões em outubro, o que lhe conferiu uma marca internacional estabelecida e um contrato de licenciamento de tecnologia com o Google para ajudar a impulsionar as vendas de smartphones. A aquisição catapultou a Lenovo ao terceiro lugar em remessas internacionais de smartphones, o que ajuda a empresa a concorrer nos mercados interno e externo com outras fabricantes de smartphone com sede na China, como a Xiaomi e a Huawei Technologies Co.

Estoque esgotado
A versão mais acessível do telefone Moto X se esgotou no primeiro dia após ter sido colocada à venda on-line, disse Liu. No país, as operadoras estão sendo cada vez mais substituídas como canais de venda pelas lojas e, principalmente, pelas vendas pela internet, disse Liu. Mesmo assim, a Lenovo está tentando fazer acordos para vender os aparelhos Motorola através dos pontos de venda de operadoras da Europa.

A aquisição da Motorola ajudou a Lenovo a dar um impulso de 78 por cento às remessas internacionais de smartphones no quarto trimestre, para 24,7 milhões de unidades, disse a IDC no dia 29 de janeiro. Sua participação no mercado cresceu para 6,6 por cento, frente a 4,8 por cento no ano anterior, de acordo com a empresa de pesquisa. Em termos de remessas, a Lenovo só ficou atrás da Samsung Electronics Co. e da Apple Inc., ao passo que a Huawei e a Xiaomi ficaram em quarto e quinto lugar, respectivamente, conforme a IDC.

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Em abril, a empresa pretende começar na China a ShenQi, uma nova marca on-line de smartphones e outros aparelhos com conectividade web. A ShenQi ainda está em busca de mais investidores, disse Liu. Ele não quis fazer uma projeção de vendas através da plataforma.

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