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SÃO PAULO – Um golpe recente está divulgando páginas falsas de vagas de emprego no Facebook, segundo identificou o DFNDR Lab, laboratório de segurança digital especializado no combate ao cibercrime. Somente nos últimos trinta dias foram identificados mais de 30 golpes.
Em um cenário com mais de 12 milhões de pessoas desempregadas, os golpistas utilizam essas armadilhas para levar o usuário a sites maliciosos, além de o induzir a compartilhar o golpe com amigos, fornecer seus dados pessoais e até mesmo as credenciais de acesso ao Facebook. Até o momento, mais de 300 mil pessoas curtiram ou estão seguindo essas páginas falsas e representam a parcela que correm risco de caírem em algum dos golpes.
As armadilhas se apropriam de nomes de grandes empresas, como Assaí, Coca Cola e Lojas Americanas, Carrefour, entre outras, para aparentar credibilidade e enganar usuários que buscam por processos seletivos.
Apenas nos últimos 30 dias, mais de 150 mil pessoas foram impedidas de cair nesse tipo de golpe, segundo dados da empresa de segurança digital.
“Hackes estão se aproveitando da alta taxa de desemprego no país para chamar a atenção para falsas promessas de vagas. Na intenção de se recolar no mercado de trabalho, muitas pessoas estão se cadastrando em anúncios sem antes se certificarem sobre sua veracidade. Percebemos, ainda, que muitos brasileiros estão compartilhando seus números de celular nas páginas falsas na expectativa de aumentarem suas chances na conquista das vagas anunciadas, o que aumenta ainda mais o risco de roubo de dados e aplicação de outros golpes futuros pelos cibercriminosos”, comenta Emílio Simoni, diretor do DFNDR Lab.
Ao clicarem nas páginas falsas, as vítimas deparam-se com um formulário que solicita nome completo, data de nascimento e a posição profissional que gostariam de ocupar. Dependendo do golpe, também é solicitado o telefone de contato. Em seguida, após preenchimento, as páginas solicitam que, para darem andamento ao cadastro na vaga, o usuário compartilhe o processo seletivo com amigos pelo WhatsApp. Dessa maneira, o hacker consegue impactar um grande número de pessoas em pouco tempo.
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Após o compartilhamento, o usuário é induzido a se cadastrar em serviços de SMS pago – que efetuam cobranças indevidas – ou baixar apps falsos, que podem infectar o smartphone e deixá-lo vulnerável a outros tipos de crimes e/ou prejuízo financeiro.
Para evitar cair em falsas oportunidades de emprego, os especialistas reforçam a importância das pessoas utilizarem soluções de segurança que disponibilizam uma função de bloqueio anti-phishing, cujo sistema é capaz de analisar todas as ameaças existentes no mundo virtual e bloqueá-las instantaneamente. Além disso, é importante que o usuário crie o hábito de se certificar sobre a veracidade de qualquer informação antes de compartilhá-la com seus contatos.
A Coca-Cola afirma que as oportunidades são falsas e que vagas de emprego na empresa são anunciadas na página oficial (e também no perfil do Linkedin) da Coca-Cola Company, na seção Career. “Orientamos os profissionais interessados em trabalhar conosco que sempre procurem os canais oficiais para informações verdadeiras sobre nossas contratações.”
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A Lojas Americanas, por sua vez, afirmou que “seus processos seletivos são anunciados apenas por meio dos seguintes canais oficiais da marca no Facebook e no LinkedIn.
Já o Carrefour esclarece que a informação sobre vagas de emprego circulando nas redes sociais é falsa. “A empresa recomenda que os usuários ignorem a mensagem, que pode conter vírus, e reforça que somente divulga suas vagas por meio dos portais Vagas.com, Catho, Curriculum.com, InfoJobs e em seu perfil oficial no LinkedIn”.
O InfoMoney contatou também a assesoria de imprensa do Assaí, mas não obteve um posicionamento até o momento desta publicação.
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