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Grupo IIN constrói história de sucesso global a partir de Manaus

Com negócios criados para atender necessidades de clientes, empresa mostra a importância de estar sempre atento e preparado para aproveitar as oportunidades que surgem 'por acaso'

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Com quase 2 mil colaboradores no Brasil, o grupo possui empresas que oferecem diversas soluções no campo da tecnologia
Com quase 2 mil colaboradores no Brasil, o grupo possui empresas que oferecem diversas soluções no campo da tecnologia

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Em 1998, o israelense Yoram Yaeli visitou o Brasil em busca de novos clientes para a empresa de monitoramento de segurança e inteligência empresarial que haviam montado em Nova York seis anos antes. A viagem marcou não apenas o início de uma fase de grande expansão para o negócio, mas também uma transformação profunda na vida de Yaeli. Por razões profissionais, mas também pelo encantamento com a música, a cultura e a força da natureza da capital do Amazonas, ele acabou se mudando para a cidade e criando uma série de negócios que hoje compõem o Grupo IIN.

Com quase 2 mil colaboradores no Brasil, o grupo possui empresas que oferecem diversas soluções no campo da tecnologia. A lista inclui monitoramento e controle de segurança, internet por satélite, contêineres inteligentes que funcionam como data centers e uma plataforma para a criação de aplicativos sem a necessidade de programação que promete se tornar o maior negócio do grupo nos próximos anos.

Uma característica marcante dessa trajetória, conta Yaeli, foi a maneira como a maioria desses negócios surgiu: não de um estudo prévio de mercado ou da intenção de criar um novo produto, mas sim de oportunidades que foram aparecendo e que a empresa soube aproveitar.

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Tudo começou em sua primeira viagem a Manaus. “Eu e meu sócio saímos do hotel à noite e fomos tomar cerveja e comer em um restaurante pequeno, com cadeiras de plástico. Aí começou a música, as pessoas começaram a dançar e eu fiquei maravilhado. Naquela hora, falei para o meu sócio que precisávamos fazer algum negócio aqui”, lembra Yaeli, hoje pai de três filhos manauaras.

Modando o modelo de negócio

Pouco tempo depois, a empresa de segurança fecharia o primeiro contrato no Brasil, com o governo do Amazonas, para implantar um centro integrado de operações das polícias Civil e Militar e do Corpo de Bombeiros do Estado. A experiência foi bem-sucedida e logo apareceram outros clientes dos setores público e privado, em um modelo de trabalho que consistia em planejar e implantar o centro de operações e então deixá-lo para a gestão do contratante.  Durante mais de dez anos, esse foi o principal negócio da empresa.

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“Demoramos todo esse tempo para perceber que estávamos no modelo de negócio errado”, brinca Yaeli. “Você leva vários anos para vender, implantar e receber o pagamento. Apesar de criar muitas coisas, nada fica com você. Terminou, vai embora.”

Há 15 anos, a empresa mudou sua maneira de atuar. Passou a oferecer o serviço de controle de segurança de forma contínua, instalando nas dependências de seus clientes sensores, câmeras e controle de acesso ligados a uma central de monitoramento remoto com forças de resposta móveis.

Hoje, a IIN Tecnologias monitora a segurança de 1.800 escolas nos estados de Amazonas, Rondônia e Mato Grosso do Sul, unidades de saúde e empresas do setor privado “Nesse sistema, continuamos fazendo mais ou menos a mesma coisa, mas com um modelo de negócio diferente, em que somos os donos do centro de comando e fornecemos aos clientes o aluguel do equipamento e o gerenciamento da operação”, explica Yaeli. “Somos hoje a maior empresa de segurança eletrônica no Norte do Brasil.” O negócio responde hoje por pouco mais de 50% das receitas do grupo.

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Internet por satélite

Ao atender um cliente com indústrias em locais de Manaus com acesso precário à internet, a IIN recebeu um pedido fora do seu escopo de atuação. “Eles perguntaram se tínhamos condições de implantar um sistema de internet por satélite em suas fábricas”, recorda o CEO do grupo IIN. Pensando não em um novo negócio, mas em agradar o cliente de seu sistema de segurança, ele encontrou um parceiro francês especializado nesse tipo de solução, implantou o serviço nas fábricas e em pouco tempo começou a ser procurado por outras empresas interessadas no produto.

“Nós estávamos correndo atrás de clientes para vender nossas soluções de segurança há mais de quinze anos e, de repente, eram os clientes que estavam vindo atrás da gente”, conta Yaeli. “Conversei com meu sócio nos Estados Unidos e decidimos criar um negócio para atender a essa demanda”. Nascia ali a Ozônio Telecomunicações, que passou a fornecer o serviço e, anos mais tarde, se tornaria distribuidora da operadora internacional de satélites O3b Networks. Essa unidade de negócio representa 20% do faturamento do grupo.

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Contêineres inteligentes

O crescimento da Ozônio fez surgir uma nova oportunidade que a empresa soube aproveitar. Além de clientes privados, prefeitos de pequenos municípios localizados em áreas remotas do País passaram a demonstrar interesse na solução via satélite para prover acesso à internet à população local. Mas havia uma dificuldade: essas cidades não dispunham de nenhum data center para apoiar a operação e seria necessário implantar essa infraestrutura juntamente com a antena de transmissão por satélite, algo que poderia tornar o processo muito demorado.

Para atendê-los de forma rápida, a empresa decidiu criar data centers dentro de contêineres, em sua sede em Manaus, e levá-los para essas cidades. A ideia era utilizá-los apenas em seus próprios projetos, mas novamente o acaso pregou uma de suas peças na história do grupo IIN. Em um evento no qual apresentava a sua solução de internet via satélite, a empresa chamou a atenção de uma pessoa que estava na plateia.

Tratava-se do responsável por um projeto do governo federal encarregado de levar internet por fibra óptica para milhares de municípios do país, que estava enfrentando o mesmo problema com a falta de data center em muitas localidades. A solução desenvolvida pela Ozônio acabaria sendo uma das escolhidas para acelerar a expansão da fibra óptica nesses lugares e desse encontro nasceu a MDC Indústria de Contêineres Inteligentes, empresa que hoje responde por 20% das receitas do grupo.

Caçula com potencial de gigante

A Sasi, mais nova empresa do grupo, também foi criada a partir de uma demanda de clientes. Em 2019, no município de Suzano, em São Paulo, dois ex-alunos invadiram a escola onde haviam estudado e mataram sete pessoas. O crime chocou o país e levou pânico às escolas – e a IIN começou a receber pedidos de clientes, incluindo gabinetes de governo e órgãos de segurança pública, para desenvolver alguma solução tecnológica para reforçar a segurança nas escolas.

A empresa recomendou a criação de um aplicativo com botão de pânico conectado ao centro de monitoramento de segurança ou à polícia para agilizar o atendimento, que foi bem aceita pelos clientes. Ao implementar o projeto, porém, percebeu que cada escola iria querer funcionalidades específicas para o aplicativo, o que traria muita complexidade à sua equipe de desenvolvimento. A solução encontrada foi criar não os aplicativos em si, mas sim uma plataforma para que a própria escola produzisse o seu próprio aplicativo de forma prática e intuitiva, sem a necessidade de conhecimento de programação, em um modelo conhecido como no code.

A ideia funcionou tão bem que a empresa decidiu investir no desenvolvimento da plataforma e transformá-la em um produto global. Com o apoio de investidores, criou a startup SASI, que nasceu em Manaus e hoje tem escritório em Dubai, com foco em sua expansão internacional. Voltada para instituições do setor público e privado, permite criar aplicativos móveis sem a necessidade de programador. Criada há menos de cinco anos, a startup teve cerca de R$ 9 milhões de receita no ano passado. “Este ano, nossa estimativa é faturar entre R$ 25 milhões e R$ 30 milhões”, diz Yaeli.

Com base na aceitação do produto pelo mercado, no ritmo de crescimento e no potencial de expansão global, o CEO acredita que a SASI deve se tornar a maior empresa do grupo em poucos anos. De acordo com ele, ela já é lucrativa e recebeu três rounds de investimento desde a sua criação. No mais recente, foi avaliada em US$ 18 milhões e, considerando as mesmas premissas de valuation e o ritmo atual de crescimento, deve terminar o ano valendo cerca de US$ 50 milhões.

Ao chegar nesse patamar, ele afirma, a startup pretende buscar uma nova rodada de investimento para acelerar sua expansão internacional. Com base nos múltiplos de valuation verificados em empresas do mesmo segmento, ele acredita que a SASI tem potencial para superar US$ 1 bilhão em valor de mercado.

Um dos parceiros que vêm acompanhando a jornada de crescimento do grupo IIN é a XP, que hoje atende a empresa em soluções de investimento e, segundo Yaeli, pode ganhar uma importância ainda mais estratégica em futuras operações para financiar a expansão da SASI.

Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

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