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SÃO PAULO – As principais centrais sindicais de São Paulo anunciaram que farão uma greve geral nesta sexta-feira (14) contra a reforma da Previdência. A expectativa é que mais cidades ao redor do país também participem. Várias cidades do país também participarão da paralisação.
Uma liminar da Justiça proibiu a paralisação dos serviços do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) na última quarta-feira (12).
O documento obriga que todos os funcionários da CPTM trabalhem durante dia normalmente e estabelece que 80% dos servidores do Metrô estejam a postos ao longo do dia. O descumprimento da decisão pode gerar multa de R$ 200 mil para o metrô e de R$ 500 mil para a CPTM.
Além dos sindicatos de transportes públicos, que inclui metroviários, ferroviários e rodoviários, a União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Força Sindical, Sindicato dos trabalhadores em depósito de distribuição de bebidas (Sindbeb), Eletricitários/SP, Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep), Sindicato dos Bancários, Sindicato dos Padeiros, entre outros, também apoiam a greve.
O InfoMoney contatou os sindicatos das categorias em São Paulo para entender quem deve aderir ou não à paralisação.
Metrô
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A categoria já aprovou a paralisação em assembleia realizada em seis de junho. “A reforma (PEC 6/2019), se aprovada, tornará a aposentadoria um sonho impossível para a grande maioria da população. Por isso, é necessário aderir à paralisação”, afirma a nota do sindicato.
Diante da liminar, a categoria fará uma assembleia, nesta quinta-feira (13), às 19h no Sindicato, para definir se realmente vão aderir ou não a Greve Geral. Se tudo se mantiver como está, com exceção da linha amarela, administrada por iniciativa privada, todas as linhas da rede de São Paulo vão parar 24 horas.
Trem
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A categoria garantiu que a paralisação irá acontecer nesta sexta-feira (14) durante 24 horas. “Certamente vamos parar. Hoje acontecerá uma assembleia a partir das 16h para organização da greve”, informou o sindicato dos ferroviários.
Segundo a nota divulgada pelo sindicato, a reforma altera pontos importantes dos quais a categoria discorda.
Entre eles: “o fim da aposentadoria por tempo de contribuição; obrigatoriedade de idade mínima de 65 para homens e 62 para mulher; aumento do tempo mínimo de contribuição de 15 anos para 20 anos; benefício integral só para quem tiver contribuindo ao INSS por 40 anos; retira da Constituição regra que determina reposição da inflação, anualmente, para benefícios acima de um salário mínimo”.
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Ônibus
O Sindicato dos motoristas e trabalhadores em transportes rodoviário urbano de São Paulo (Sindmotoristas) também informou que participará da paralisação.
“A greve está mantida, por enquanto. Hoje, a partir das 16h faremos uma plenária com os motoristas e cobradores para decidir se vamos ou não fazer a paralisação”, informou a assessoria do sindicato.
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Se decidirem participar, a paralisação também será por 24 horas, mas o sindicato não informou se todas ou quais linhas de ônibus participarão.
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Bancos
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A categoria informou que está confirmada na greve. O sindicato não terá expediente nesta sexta-feira (14).
“Os trabalhadores de bancos públicos e privados de São Paulo, Osasco e região – base do Sindicato – decidiram, por unanimidade, juntar-se a categorias como motoristas, metroviários, ferroviários, professores, metalúrgicos, químicos, servidores públicos e outras mais, e aderir à paralisação nacional”, informou o sindicato em nota.
Servidores públicos
O Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep) também confirmou a participação na greve por 24 horas.
“Todos os setores estão sendo orientados a aderir à paralisação. No entanto, para casos de emergências, nós garantimos o funcionamento mínimo de hospitais e do Samu para situações de média e alta complexidade”, explicou o presidente do sindicato Sérgio Ricardo Antiqueira.
Os outros setores, como educação, estarão 100% paralisados.
“Diante da eminente perda de direitos conquistados a duras penas ao longo de décadas de lutas que custaram suor, sangue e vidas, a decisão da categoria já em março, que bravamente lutou na cidade por seus direitos, foi de aderir ao calendário nacional de lutas, inclusive para a construção da greve geral”, diz a nota no site do sindicato.
Educação
O Sinpro (Sindicato dos Professores de São Paulo) informou que também vai aderir á greve. A decisão foi tomada em assembleia no dia 1° de junho.
Cerca de 50 colégios particulares da cidade de São Paulo vão paralisar as aulas nesta sexta-feira (14).
Escolas tradicionais da cidade como Santa Cruz, Notre Dame, Lycée Pasteur, Vera Cruz e Escola da Vida estão na lista. Além deles, também vão parar os colégios Alecrim, Arco, Aretê, Arraial das Cores, Bakhita, Casa de Aprendizagens, Criarte, Equipe, Espaço Brincar, Fazendo Arte, Garcia Yago, Giordano Bruno, Gracinha, Hugo Sarmento, Invenções, Ítaca, Maria Boscovitch, Micael Waldorf, Ofélia Fonseca, Oswald de Andrade, Politeia, Pré-escola Quintal do João Menino, Santi, São Domingos, Viva e Waldorf São Francisco.
Veja a lista completa aqui.
Veja outras capitais que também terão seus transportes públicos e serviços afetados pela paralisação:
Cidade | Transporte e/ou serviço afetado nesta sexta-feira (14) |
São Paulo | Metrô Trem Ônibus Ensino público e privado Bancos |
Rio de Janeiro | Ônibus Ensino público Bancos |
Belo Horizonte | Metrô Ônibus Ensino público Bancos |
Curitiba | Ônibus Ensino público Bancos |
Porto Alegre | Trem Ônibus Ensino público |
Recife | Metrô Ensino público Bancos |
Maceió | Trem Ônibus Ensino público Bancos Detran |
Salvador | Metrô Trem Ônibus Ensino público Bancos |
Natal | Trem Ônibus Ensino público |
Fortaleza | Ônibus Ensino público Bancos |
Teresina | Ensino público Bancos |
Brasília | Ensino público Bancos Detran |