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SÃO PAULO – As principais centrais sindicais de São Paulo anunciaram que estão se preparando para uma greve geral nesta sexta-feira (14) contra a reforma da Previdência. A expectativa é que mais cidades ao redor do país também participem.
Na pauta da greve também entram o corte de recursos para educação, que o tema principal dos protestos dos dias 15 e 30 de maio, e o próprio governo Bolsonaro, que está deixando os sindicatos insatisfeitos.
Além dos sindicatos de transportes públicos, que inclui metroviários, ferroviários e rodoviários, a União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Força Sindical, Sindicato dos trabalhadores em depósito de distribuição de bebidas (Sindbeb), Eletricitários/SP, Sindicato dos Bancários, Sindicato dos Padeiros, entre outros, também apoiam a greve.
Essas e outras centrais sindicais participaram de uma reunião geral feita no auditório do Sindicato dos motoristas e trabalhadores em transportes rodoviário urbano de São Paulo (Sindmotoristas) na última segunda-feira (10).
Ainda não foram divulgados quais cidades, além de São Paulo, realmente participarão da greve.
Metrô
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A categoria já aprovou a paralisação em assembleia realizada em seis de junho. “A reforma (PEC 6/2019), se aprovada, tornará a aposentadoria um sonho impossível para a grande maioria da população. Por isso, é necessário aderir à paralisação”, afirma a nota do sindicato.
Para os metroviários, a proposta de Bolsonaro mantém privilégios dos militares, parlamentares e o alto escalão do Poder Judiciário. “E fará com que os trabalhadores morram antes de se aposentar. É uma grande ameaça aos nossos direitos e os das próximas gerações”.
Segundo a note, haverá assembleia, nesta quinta-feira (13), às 18h30 no Sindicato, para organização da Greve Geral.
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Lembrando que em São Paulo, a linha amarela do metrô não participa desse tipo de paralisação já que é administrada por iniciativa privada.
Trem
A categoria dos ferroviários decidiu, na assembleia da última sexta-feira (7) também parar no dia 14/06.
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Segundo a nota divulgada pelo sindicato, a reforma altera pontos importantes dos quais a categoria discorda.
Entre eles: “o fim da aposentadoria por tempo de contribuição; obrigatoriedade de idade mínima de 65 para homens e 62 para mulher; aumento do tempo mínimo de contribuição de 15 anos para 20 anos; benefício integral só para quem tiver contribuindo ao INSS por 40 anos; retira da Constituição regra que determina reposição da inflação, anualmente, para benefícios acima de um salário mínimo”.
Ônibus
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O Sindmotoristas também emitiu uma nota afirmando que vai participar da paralisação no dia 14.
Segundo o comunicado, a Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado de São Paulo (FTTRESP), Sindicargas-SP, Sindicato dos Rodoviários/SP, Sindicato dos Rodoviários do ABC, Sindicato dos Rodoviários de Mogi das Cruzes, Sindficot, Sindpesado também apoiaram a paralisação.
O presidente em exercício do sindicato, Valmir Santana da Paz, conhecido como Sorriso, liderou a reunião geral com todos os sindicatos e cobrou o engajamento e a participação de todas as categorias, na paralisação contra a Reforma da Previdência e contra os ataques aos direitos trabalhistas.
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Segundo ele, o setor de transportes é o carro-chefe do movimento, mas afirmou que, “nesta conjuntura de extrema dificuldade, o protagonismo da greve tem que ser compartilhado, não apenas com a classe trabalhadora, mas com toda a sociedade brasileira”.
Para Paz, “é preciso dar uma resposta à altura para um governo que se recusa a dialogar com o povo e só governa para os interesses de uma minoria, que concentra o poder econômico”.
Segundo a nota, “há um entendimento das entidades sindicais que outras greves virão, ainda este ano”.
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