Governo abre processo contra TikTok por irregularidades com dados de menores de idade

Processo administrativo contra a empresa foi instaurado pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), órgão do Ministério da Justiça

Equipe InfoMoney

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A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), órgão do Ministério da Justiça, instaurou processo administrativo contra o TikTok para investigar potenciais práticas de tratamento irregular de dados pessoais de crianças e adolescentes pela plataforma, além determinar à rede social chinesa a implementação de ações de regularização, como o fim do “feed sem cadastro”.

Segundo a ANPD, decisão divulgada nesta segunda-feira (4) resulta de um processo de fiscalização iniciado em 2021, que agora passa para uma nova etapa.

O órgão afirma que identificou indícios de violações à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) cometidos pelo TikTok, especialmente no que se refere ao princípio do melhor interesse de crianças e adolescentes – que estabelece que direitos de crianças e adolescentes devem ser observados de forma prioritária, “prevalecendo em face de outros interesses, de modo a garantir uma proteção adequada aos dados pessoais desses titulares”.

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Além disso, ANPD constatou indícios de irregularidades relativas à fragilidade dos mecanismos de verificação de idade, aliado a tratamento irregular de dados.

Por isso, a Coordenação-Geral de Fiscalização determinou ao TikTok, as seguintes medidas de regularização:

Ao término do processo, o TikTok poderá ser submetido à aplicação das sanções cabíveis, se assim entender a Coordenação-Geral de Fiscalização da ANPD.

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TikTok na mira de autoridades na França

Também nesta segunda-feira, sete famílias francesas ajuizaram uma ação conjunta contra a rede social chinesa TikTok, acusando a plataforma de expor seus filhos menores de idade a conteúdos nocivos, que levaram dois deles a cometer suicídio aos 15 anos.

A ação alega que o algoritmo do TikTok expôs os jovens a vídeos que promoviam suicídio, automutilação e transtornos alimentares, segundo a emissora Franceinfo.

Segundo declarou a advogada Laure Boutron-Marmion, os pais pleiteiam que a responsabilidade jurídica do TikTok pelos casos seja reconhecida em tribunal, já que a rede social é uma empresa que disponibiliza um “produto” aos consumidores e, portanto, deve responder por eventuais “falhas nesse produto”.

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