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SÃO PAULO – Desde o meados de dezembro a gasolina foi reajustada duas vezes. A primeira aconteceu na última semana de dezembro, quando a gasolina subiu 9,5% nos postos, e a segunda no final de janeiro.
O reajuste de janeiro foi decorrência da decisão do governo de diminuir a participação de álcool na gasolina. O litro do álcool é mais barato, o que, segundo as distribuidoras, deveria implicar em um aumento do litro da gasolina de até 3% nas bombas.
Alta de 10,5% em 2003
Segundo levantamento da própria ANP (Agência Nacional de Petróleo), o preço médio do litro da gasolina em dezembro estava em R$ 2,001, sendo que o menor preço era praticado no Sudeste, onde o litro custava R$ 1,957.
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Ao compararmos estes preços com os registrados no final de janeiro deste ano (R$ 2,16), o preço médio do combustível teria subido 7,94% em média naquele mês, sendo que no Sudeste o litro subiu um pouco menos (7,66%) passando a custar R$ 2,107.
O último levantamento da ANP sugere que durante a semana de 2 a 8 de fevereiro, o preço médio da gasolina estava em R$ 2,213 o litro em todo o país e em R$ 2,158 no Sudeste. Com isto, o aumento acumulado desde o final de dezembro fica em, respectivamente, 10,58% e 10,27% no país e no Sudeste.
Cuidado com a gasolina barata demais
Apesar de pagar em média R$ 2,137 pelo litro da gasolina, o paulistano consegue encontrar postos onde o litro é vendido bem mais barato por apenas R$ 1,84, ou quase 14% a menos da média registrada na capital paulista.
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Entretanto, para quem se dispõe a circular por toda a cidade para economizar nos gastos com combustível, é preciso cuidado, pois muitos destes postos são acusados de oferecerem gasolina adulterada. Segundo dados da ANP, nove dos 25 postos que oferecem a gasolina mais barata da cidade foram acusados de venderem gasolina adulterada, o que implica em um índice de adulteração de 36% entre os postos mais baratos.
O preço mínimo de R$ 1,84 era oferecido apenas em dois postos da capital, um em Itaquera (BR Distribuidora) e outro no Jardim São Pedro (Texaco). Neste caso, um carro de 50 litros poderia economizar R$ 14,8 a cada tanque, e, assumindo um tanque por semana, a economia mensal seria de quase R$ 67.
Bandeira branca permite redução de custo
Os postos com preço abaixo de R$ 1,90 se concentraram nas zonas leste e sul da capital e mais da metade operava com bandeira branca.
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O presidente do Sincopetro (Sindicato dos Revendedores de Petróleo), José Alberto Gouveia, explica que, por não estarem atrelados a uma única distribuidora, estes postos conseguem vender mais barato, pois compram do distribuidor que oferece o menor preço, enquanto quem está restrito a uma bandeira é obrigado a pagar o que a distribuidora a que estão atrelados cobra.
Mais caros têm bandeira Shell
Apenas cinco postos da capital cobravam mais de R$ 2,30 pelo litro da gasolina, sendo que o preço mais caro era cobrado no Itaim Bibi, em um posto Shell da Rua Bandeira Paulista, onde o litro custava R$ 2,399, cerca de 12% mais caro que o custo médio encontrado na cidade.
Dos dez postos mais caros da cidade, seis tinham a bandeira Shell, três a bandeira Ipiranga e apenas um bandeira Esso. O mais surpreendente é que um dos postos de bandeira Shell oferecia um dos preços mais baratos da cidade, cobrando pelo litro apenas R$ 1,859. O posto localizado em Itaquera cobra cerca de 22,5% a menos que o posto da Shell do Itaim Bibi.