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SÃO PAULO – No Brasil, nem o Santander nem o ABN Amro Real confirmam a fusão entre os dois bancos, mas rumores sobre o tema na esfera internacional tornam-se cada vez mais fortes. Dessa maneira, representantes dos trabalhadores e até mesmo agências de classificação de risco já começam a se manifestar.
Cerca de 150 instituições financeiras prestam serviços no País. Na avaliação da Austin Rating, com o Santander se tornando mais forte e ficando no segundo lugar de maior banco privado – perdendo apenas para o Bradesco e o estatal Banco do Brasil – deve haver aumento da competitividade entre os bancos. Porém, a carteira de clientes das empresas em processo de fusão dificilmente será beneficiada com tarifas menores.
Resultado contrário
“Vemos pela história dos últimos anos que as aquisições feitas não trouxeram uma redução de tarifas, pelo contrário, hove um aumento e a concentração do varejo bancário nas mãos de poucos bancos”, afirmou Luis Santacreu, analista da Austin.
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De qualquer maneira, o especialista lembrou que a cobrança pelos serviços ficará a cargo da estratégia de cada banco, e que tramita no Congresso Nacional proposta com o intuito de tabelar e fixar para no máximo 20 o número de tarifas bancárias. Atualmente, dentre as principais delas impostas às pessoas físicas, são mais de 40.
A Febraban, por sua vez, informou não comentar situações do tipo. A Fitch Ratings disse preferir esperar a divulgação do fato relevante para tomar uma posição sobre a situação.
Preocupação com emprego
A Confederação Nacional do Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e a Confederação Única dos Trabalhadores (CUT) se mostram preocupadas com a possibilidade de fusão. No dia 1º de setembro, diretores das entidades estiveram no 3º Congresso do Partido dos Trabalhadores e entregaram nas mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva um dossiê sobre a venda do ABN Amro.
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“O presidente (e seu assessor, Gilberto Carvalho) foi informado de que os 54 mil bancários do Real e do Santander estão ameaçados de demissão no Brasil. O Santander (através do consórcio de bancos) anunciou 19 mil demissões no mundo”, afirmaram as entidades, por meio de nota.
As confederações afirmam que farão o possível para que o negócio não seja sinônimo de prejuízo às pessoas que dependem de um emprego nas instituições. “O desemprego sempre se abate sobre a categoria quando há fusões e aquisições no sistema financeiro nacional”, resumiram.
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