Fipe/Buscapé: Preços dos produtos eletroeletrônicos têm queda anual de 6,2% em maio

Os destaques de queda ficam com os grupos de celulares (-13,7%), informática (-10,6%) e áudio e vídeo (-6,6%)

Estadão Conteúdo

Loja de eletroeletrônicos como aparelhos de celular (Foto: Pexels)
Loja de eletroeletrônicos como aparelhos de celular (Foto: Pexels)

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O Índice de Preços Fipe/Buscapé caiu pelo quinto mês consecutivo, marcando recuo de 0,81% em maio. Na base anual, o Índice atingiu queda de 6,2%, a menor baixa nesta base de comparação em um ano. O indicador monitora 47 categorias de eletroeletrônicos e mais de dois milhões de preços continuamente há 29 meses.

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O pesquisador da Fipe Sergio Crispim afirma que o cenário de queda de preços dos eletrônicos é um fenômeno global causado por fatores estruturais da indústria do setor. Entre eles, há a “comoditização dos produtos, grande escala de produção orientada para o mercado global, muita inovação e encurtamento do ciclo de vida dos produtos, acompanhados por intensa concorrência e fácil comparabilidade das ofertas”, diz.

Os destaques de queda ficam com os grupos de celulares (-13,7%), informática (-10,6%) e áudio e vídeo (-6,6%). O superintendente-executivo da Mosaico no Banco PAN (empresa detentora das marcas Buscapé e Zoom), Francisco Donato, analisa que as inovações e os recursos atualizados dos dispositivos eletrônicos, principalmente nas categorias de smartphones, tablets e computadores, impulsionam a deflação contínua nos preços destes produtos. “Os consecutivos lançamentos também fazem com que os valores dos produtos de maior prestígio sejam impactados com uma contínua queda”, reitera o executivo.

Na contramão, o grupo de eletrodomésticos teve alta de 4,1% no igual período. O avanço é explicado, em parte, pelas menores quedas com a linha branca de produtos – refrigeradores, freezers, lavadoras de roupa, por exemplo – e pela alta de 17% no preço dos aparelhos de ar-condicionado (também pertencente à linha branca).

Nesse segundo caso, Sergio Crispim afirma que “o aumento de preços foi causado pelo descompasso entre a demanda, fortemente impulsionada pelas ondas de calor, e a oferta, negativamente impactada por problemas de logística em Manaus”.