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O faturamento do setor de serviços da cidade de São Paulo encolheu R$ 1,3 bilhão entre janeiro de 2015 e o mesmo mês de 2016, para R$ 25,4 bilhões. A variação representa uma queda real de 5% no período, segundo a Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços, divulgada em primeira mão pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Este novo indicador será divulgado mensalmente pela Associação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Dos 13 setores que compõem o levantamento, dez registraram encolhimento da receita entre janeiro de 2015 e janeiro de 2016. O setor com o pior desempenho foi o da construção civil, que registrou uma retração de 28,4% no faturamento, quando descontada a inflação do período. Os outros destaques negativos são o de representação (-20,4%), técnico-científico (-18,8%), mercadologia e comunicação (-15%), e educação (-11,6%).
O motivo apontado pela FecomercioSP para explicar os recuos mais intensos nas receitas destes segmentos é o fato de que, em decorrência de um cenário de crise e incertezas, consumidores e empresários reduziram seus gastos com serviços não essenciais.
Em sentido contrário, apenas três atividades tiveram expansão do faturamento na comparação interanual: saúde (14,2%); turismo, hospedagem, eventos e assemelhados (13,1%); e Simples Nacional (6%). Entre os motivos que explicam o avanço da receita do segmento de saúde, a Federação destaca se tratar de serviços essenciais, além do reajuste dos planos de saúde, dos procedimentos, das consultas médicas e do repasse de custos devido à alta do dólar em relação ao real.
O cenário verificado no primeiro mês deve se estender ao longo de 2016, com novas quedas no faturamento. “Mesmo os serviços enquadrados no Simples Nacional, que vêm acumulando altas consecutivas e diminuindo os impactos negativos da crise no setor, devem registrar queda do faturamento nos próximos meses, já que as micro e pequenas empresas estão encontrando dificuldades em se manter no mercado devido à baixa demanda e ao aumento de custos”, afirma a FecomercioSP, em nota.
Metodologia
A Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS) é o primeiro indicador mensal de serviços em âmbito municipal e utiliza informações baseadas nos dados de arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) do município de São Paulo, por meio de um convênio de cooperação técnica firmado com a Prefeitura de São Paulo e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O indicador conta com uma série histórica desde 2010, permitindo o acompanhamento do setor em uma trajetória de longo prazo.