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SÃO PAULO – O Telegram está sendo usado pelo Estado Islâmico para sugerir ataques durante as Olimpíadas Rio 2016. De acordo com o SITE Intelligence, o grupo fala com seguidores a respeito de alvos, formas de ataque e até mesmo de obtenção de visto.
A consultoria especializada em atuação de grupos extremistas afirma que existe um grupo dentro do aplicativo chamado “Ansar al-Khilafah Brazil”, cujos membros criadores dizem estar baseados no Brasil. Eles sugerem ataques com drones carregando explosivos, o uso de medicamentos e acidentes de trânsito.
A entrada de armas sugerida para o país é via fronteira com o Uruguai e as favelas são citadas como locais de ataque. As delegações dos Estados Unidos, França, Israel e Inglaterra são vistas como alvos preferenciais do grupo.
De acordo com a análise, não surpreende que um evento mundial como as Olimpíadas sejam alvo de ataques, e o governo deve adotar todas as medidas possíveis para tentar contê-los. “Esse é um evento mundial e um alvo que é justificável tanto para EI quanto para outros jihadistas”, diz o texto. Ataques recentes em outras partes do mundo seriam estímulos para que brasileiros pensassem em fazer o mesmo no Rio.
Esses tampouco seriam os primeiros ataques a eventos esportivos. Desde as Olimpíadas de Munique, em 1972, quando 11 jogadores israelenses foram mortos pelo grupo terrorista palestino Setembro Negro, houve ameaças e outros ataques em diversas ocasiões. Isso inclui a explosão de uma bomba em Atlanta nas Olimpíadas de 1996, que resultou em duas mortes.