Em ritmo de expansão, Amazon planeja maior Prime Day do Brasil

Companhia prepara logística para lidar com tragédia do Rio Grande do Sul em evento promocional de seis dias

Iuri Santos

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Na onda da sua rápida expansão no varejo brasileiro, a Amazon (AMZO34) se prepara para seu principal evento comercial do ano, o Prime Day. Em meio à tragédia que tomou o Rio Grande do Sul nos últimos meses, onde se localiza um dos centros de seus centros de distribuição, a empresa espera resultados melhores que Black Friday e Dia do Consumidor dos últimos anos.

Ao contrário do que o nome pode sugerir, o Prime Day (Dia Prime, em tradução livre), vai tomar quase uma semana, dos dias 16 a 21 de julho. É o primeiro ano em que, no Brasil, o evento com ofertas especiais para membros do serviço por assinatura Prime terá essa duração.

Para lidar com a expectativa de aumento nas vendas em função da data, a empresa fundada pelo bilionário Jeff Bezzos contratou 4 mil funcionários temporários para ocupar funções em seus centros de distribuição neste ano. Apenas no maior galpão em volume de produtos, na cidade de Cajamar, a empresa contratou 800 novas pessoas para a temporada.

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“É um evento que normalmente atrai o pico de vendas do ano, fica atrás da Black Friday deste ano, mas supera a Black Friday e o Dia do Consumidor do ano anterior”, diz Thomas Kampel, líder de relações públicas corporativa da Amazon Brasil. Na última edição, o evento levou ao recorde de vendas da Amazon brasileira até hoje, em um crescimento de 50% na comparação de 2023 com 2022.

O salto da aposta no Prime Day deste ano não é inesperado. De 2019 a 2024, a Amazon foi de um para dez centros de distribuição espalhados por sete estados do Brasil. Em meio a crises enfrentadas por brasileiras tradicionais do segmento, como Americanas e Casas Bahia (BHIA3), a gigante americana, junto à a argentina Mercado Livre (MELI34) têm sido duas das principais beneficiadas por ganho de mercado.

No centro de distribuição de Cajamar, com um espaço de armazenagem equivalente a seis campos de futebol, as quantidades de produtos devem bater recordes. Na média, são 8 milhões de unidades de produtos variados estocados no espaço por dia, mas no pico do Prime Day esse número deve chegar a 12 milhões. O número de caixas que deixam o centro de distribuição para serem enviadas às residências deve chegar a 150 mil, contra 90 mil em dias comuns.

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Logística no Rio Grande do Sul

Um dos centros de distribuição da Amazon, em Nova Santa Rita, região de Porto Alegre, foi fechado no início de maio em função das enchentes que tomaram o Rio Grande do Sul nos últimos meses. Com a operação ainda sendo retomada – a empresa projeta um retorno total ao final de 2024 – a logística de distribuição para a região deve contar com apoio das estruturas de estados como Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

“Nesta semana começamos a reabrir o nosso centro de distribuição lá [em Nova Santa Rita], um processo todo de limpeza: além do alagamento, há umidade, mofo. Tivemos que rever todo o nosso estoque”, diz Mazini. “A Anvisa e o governo local deram diretrizes bem claras do que poderia ser aproveitado. Reconstrução de áreas afetadas.”

Pedidos podem demorar de um a dois dias a mais, justamente pelo problema logístico causado pelo fechamento do centro de distribuição da região. As ofertas de produtos para o período do Prime Day será a mesma e a empresa tem disponibilizado, por tempo ilimitado, frete grátis para membros fora do Prime que morem na região.

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Iuri Santos

Repórter de inovação e negócios no IM Business, do InfoMoney. Graduado em Jornalismo pela Unesp, já passou também pelo E-Investidor, do Estadão.