“E meu dinheiro?!”: clientes do Banco Neon cobram explicações após falência; veja repercussão

Banco Central anunciou a liquidação extrajudicial do Banco nesta sexta-feira (4)   

Júlia Miozzo

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SÃO PAULO – O Banco Central anunciou nesta sexta-feira (4) a liquidação extrajudicial do Banco Neon, entidade financeira com sede em Belo Horizonte. O site e aplicativo para smartphone do banco estão ambos fora do ar e o perfil @banconeon no Twitter foi excluído.

“A supervisão do Banco Central constatou o comprometimento da situação econômico-financeira, bem como a existência de graves violações às normas legais e regulamentares que disciplinam a atividade da instituição”, informou o Banco Central em nota, também disponível no site do Banco Neon.

Duas empresas estão envolvidas na história, o Banco Neon e a Neon Pagamentos. A empresa que sofreu liquidação é o Banco Neon, que controla as operações de crédito e CDB. A Neon Pagamentos, que opera a conta corrente, não sofreu liquidação e segue operando.

Para o InfoMoney e clientes que questionam a entidade nas redes sociais, o Banco Neon afirmou que, por conta desta distinção, os cartões de débito estão funcionando, mas não os de crédito; o saque do saldo da conta pode ser realizado. O aplicativo passa por uma “manutenção” e deve voltar “em breve”.

Nas redes sociais, alguns clientes já questionam ao Neon como é possível sacar todo o dinheiro disponível na conta corrente após a liquidação. Em resposta a um usuário no Twitter, que perguntou em um Tweet se o banco havia “morrido”, o Neon respondeu: “De forma alguma, Gabriel! Pelo contrário, fique tranquilo. Em breve faremos um anúncio à respeito desta notícia”.

Os clientes também questionam sobre a possibilidade ou não de sacar o dinheiro investido em CDBs oferecidos pelo banco, que recebem o nome no aplicativo de “Objetivos”. Nenhuma das publicações questionando esse saque, entretanto, foi respondida pelo Neon.

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Como explicou o InfoMoney nesta matéria, o BC regulamenta que os depósitos de clientes em CDB e conta corrente é segurado pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito) em até R$ 1 milhão por CPF, sendo R$ 250 mil por instituição financeira. Não é possível, portanto, realizar o saque do valor investido – a restituição dos valores fica a cargo do FGC.

A preocupação dos clientes do banco é evidente. Veja, a seguir, algumas das publicações no Twitter:

No Facebook, clientes comentam na publicação mais recente feita pelo banco, desta quinta-feira (3), que anunciava um aporte de R$ 72 milhões no Neon. Eles pedem satisfações do banco, que ainda não se posicionou publicamente, e também apresentam dúvidas sobre como fica o saldo em conta corrente.