Preço médio da gasolina subiu 9,6% na bomba desde a volta dos impostos, aponta ANP

Aumentos são um desdobramento da volta da incidência de Pis/Cofins nos preços de refinaria, que são repassados ao consumidor

Estadão Conteúdo

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Dez dias após a volta dos impostos sobre a gasolina, o preço médio do litro do insumo subiu 9,6% nos postos de abastecimento de todo o país (para R$ 5,57). Essa foi a variação de preço identificada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nas duas últimas semanas. No fim de fevereiro, este preço estava em R$ 5,08.

Entre os dias 5 e 11 de fevereiro, o aumento foi de 6,1%, com salto de R$ 5,25, no início do intervalo, para o preço mais recente, de R$ 5,57.

Os aumentos são um desdobramento da volta da incidência de Pis/Cofins nos preços de refinaria, gradualmente repassados ao consumidor final nas bombas.

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A alta veio a galope, mesmo com a redução anunciada pela Petrobras para a gasolina, de 3,9% ou 13 centavos por litro em suas refinarias. A medida também veio no início do mês para atenuar o aumento final associado à volta dos tributos.

O impacto nos preços começa a ficar claro, mas, segundo especialistas, ainda pode haver altas residuais em função da dinâmica de estoques e incorporação dos aumentos pelo varejo.

Fatura mais cara

Segundo o governo, a volta dos impostos federais sozinha acrescentaria R$ 0,47 ao preço do litro de gasolina vendido nas refinarias do país. Mas como a Petrobras, refinadora dominante no mercado, reduziu seus preços em R$ 0,13 por litro no mesmo dia, o saldo esperado das mudanças é uma alta próxima a R$ 0,34 no preço de refinarias.

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Nas bombas, para o consumidor, o efeito deveria ser menor, porque a gasolina A vendida nas refinarias compõe apenas 73% da mistura da gasolina C, aquela usada nos carros — os outros 27% são etanol anidro.

A Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), informou que calculava um carregamento para as bombas de R$ 0,25 por litro vendido nos postos, bem menor, portanto, do que se viu na realidade (R$ 0,49).

Na estimativa da Abicom, o preço final da gasolina saltaria, na média nacional, para a casa de R$ 5,33 por litro, contra os R$ 5,57 verificados esta semana pela ANP.

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Diesel

Livre da reoneração até 1º de janeiro de 2024, por decisão do governo, o diesel S-10 viu o preço médio cair 0,3% esta semana nos postos de todo o país, informou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O litro do insumo custou, em média, R$ 6,00 entre 5 e 11 de março, ante R$ 6,02 registrados nos sete dias anteriores. Essa nova queda do preço do diesel S-10 ao consumidor ainda é efeito direto da redução de 1,95%, ou R$ 0,08, no preço praticado em refinarias da Petrobras a partir de 1º de março.

Embora pequeno, esse desconto da Petrobras se junta com o anterior, de 8,9%, ou R$ 0,40, válido desde 8 de fevereiro, e que ainda é residualmente repassado às bombas.

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Gás de cozinha

Já o preço médio do gás liquefeito de petróleo (GLP) ou gás de cozinha ficou estável.

O insumo vendido em botijão de 13 kg fechou a um preço médio de R$ 107,50, mesmo valor da semana anterior. O gás de cozinha vinha mantendo trajetória de quedas leves e agora estaciona. Também nesse caso, com exceção da gasolina, os insumos federais só voltarão a incidir em 1º de janeiro de 2024.

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