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Uma nova embarcação de cruzeiro de luxo, projetada pela empresa francesa Selar, promete revolucionar a navegação no Círculo Polar Ártico. Com 230 pés (mais de 70 metros) de comprimento e movido a energia solar e eólica, o navio será capaz de operar com zero emissões de carbono. Com apenas 19 cabines, a embarcação terá capacidade para 38 hóspedes e está programada para iniciar suas expedições em 2026.
A Selar, conhecida por suas expedições polares, está construindo o que classifica como um navio de “quase zero emissões”, que dependerá da natureza para navegar pelas águas árticas. A embarcação, que ainda não tem nome, está sendo construída nas Ilhas Maurício e contará com cinco velas sólidas cobertas por quase 2.000 m² de painéis solares.
Sem itinerários fixos, o navio vai oferecer “aventuras espontâneas” que se vão se adaptar aos padrões de vida selvagem e às condições climáticas. A primeira viagem, chamada “Mergulhe com Orcas na Noruega”, está agendada para novembro de 2026 e não terá um roteiro predeterminado.
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Em uma entrevista ao site da Robb Report, Sophie Galvagnon, cofundadora e CEO da Selar, diz esperar que o navio funcione com energia solar e eólica 90% do tempo, utilizando os 10% restantes de dois motores de reserva que operam com óleo vegetal hidrogenado.
A embarcação foi projetada especificamente para a região ártica, com velas robustas e de fácil operação, adequadas para lidar com as rápidas mudanças climáticas da área. Os interiores do navio serão minimalistas, utilizando materiais sustentáveis, e incluirão atrações luxuosas, como um restaurante, biblioteca e sauna movida a energia verde. Além disso, um laboratório científico estará disponível para pesquisadores que serão convidados a embarcar nas expedições.
Galvagnon se diz otimista quanto ao futuro da Selar, afirmando que a empresa não pretende ser apenas uma operadora de um único navio. “Nossa expectativa é expandir a frota enquanto mantemos nossa missão: ser o mais próximo possível de zero carbono, proporcionar experiências imersivas e aventureiras, e operar embarcações locais que atendam a uma única região”, conclui.