Corrupção faz com que Brasil não seja um mercado atrativo, diz fundador da Ryanair

Empresa deve iniciar suas operações na Argentina no ano que vem

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – A Ryanair é uma empresa aérea de baixo custo famosa por suas promoções extremamente agressivas no mercado europeu e, agora, pretende atuar com mais força na América do Sul, através de uma possível compra da companhia argentina Andes. No entanto, se parece animado com o mercado argentino, o mesmo não se pode dizer sobre o Brasil. “Iniciamos negociações em todos os países da região, menos o Brasil, já que há muita corrupção”, disse Declan Ryan, um dos fundadores da companhia irlandesa, para o diário argentino La Nación.

O executivo destaca sua atuação na América Latina com a viva Aerobus no México, há dez anos, e a Viva Colombia, há quatro anos. A ideia é que a marca Viva se expanda pela região, e os planos são de entrar na Argentina já em 2017.

De acordo com a reportagem do La Nación, Ryan se encontrou com o ministro do transporte local Guillermo Dietrich e definiu o encontro como “muito positivo”. Ryan cobra que as taxas aeroportuárias sejam reduzidas no país para viabilizar as operações.

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Ele ainda afirma que apenas uma baixa parte da população argentina já voou de avião e que esse número deveria triplicar. Ryan ainda cita dados da Colômbia, onde apenas 2,5% da população havia viajado de avião quando começaram seus negócios no país. Atualmente, o percentual aumentou para 10% e a ideia é que os números na América Latina sigam aumentando.

O executivo comenta que as grandes empresas que atuam na região, como a Aerolíneas Argentinas, a Latam e a Avianca, não devem ficar preocupada com sua chegada, uma vez que ele vem para competir em um novo segmento de aviação.

Uma das estratégias da companhia é a de manter sua base de operações longe das grandes cidades. No México, a cidade utilizada é a de Monterrey, enquanto que na Colômbia é o aeroporto de Medellín. Na Argentina, duas cidades que impressionaram o executivo foram Córdoba e La Plata.