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SÃO PAULO – Quem deseja adquirir seu imóvel próprio, mas não possui recursos suficientes para fazer o pagamento à vista, existem duas opções: o consórcio e o financiamento.
De janeiro a agosto, a venda de novas cotas de consórcios imobiliários subiram 46,5%, enquanto isso, o número de imóveis financiados caiu. No mesmo período, os financiamentos imobiliários com recursos da poupança totalizam R$ 56,6 bilhões, uma redução de 22% em relação ao mesmo período de 2014.
Nos oito primeiros meses do ano foram comercializados 256,1 mil imóveis, uma queda de 27%, segundo dados da Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário (Abecip).
Mas, final, qual é a melhor opção?
O consórcio possui algumas facilidades, como não haver a necessidade de oferecer um valor como entrada. Assim, você pode guardar o dinheiro para oferecer lances nos sorteios ou adiantar algumas parcelas.
Como a contemplação se dá através de sorteios, o consorciado demora mais para adquirir o bem, se comprado ao financiamento. Mas isso pode ser contornado caso o participante tenha uma quantia para oferecer como lance, o que aumenta suas chances de ser contemplado.
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O financiamento é uma modalidade de compra por meio da qual o banco libera recursos para a compra do imóvel, mediante aprovação de crédito. O valor que o banco disponibiliza para financiamento varia de acordo com o perfil financeiro de cada cliente. Na maioria dos casos, é necessário oferecer no mínimo 20% do valor do imóvel como entrada.
“O consórcio pode viabilizar a questão da casa própria para aqueles que não conseguem o crédito. Mas ele demanda uma pouco mais de paciência. É uma forma diferente”, explica Eduardo Zylberstajn, coordenador de pesquisa FipeZap.
No consórcio de imóveis, as parcelas costumam ser menores porque são livres de impostos como IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Há a cobrança de uma taxa administrativa, fundo de reserva (em algumas administradoras) e seguro. Mesmo assim, é possível encontrar parcelas mais acessíveis do que no financiamento, além de ter a possibilidade de reduzir, antecipar ou quitar as prestações a qualquer momento.
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Para decidir qual opção é mais vantajosa, é preciso resolver uma questão matemática. Suponha que você pretende comprar um imóvel no valor de R$ 500 mil. Caso decida pagar em 180 meses, irá pagar uma parcela de R$ 3.315 no consórcio. Já no financiamento, mesmo dando uma entrada de R$ 250 mil, esse valor sobe para R$ 3.677. Neste caso, o consórcio representa uma economia de aproximadamente R$ 180 mil.
Em ambos os casos, o economista adverte que o consumidor faça um planejamento antes de fechar negócio. “Dado toda essa incerteza com relação a emprego e renda. A principal dica é ter cautela. Fazer muita pesquisa e tentar buscar o melhor negócio que cabe no seu bolso”.