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SÃO PAULO – No último dia 29, a prefeitura de São Paulo anunciou um aumento na tarifa básica do transporte público coletivo por ônibus. No início de 2018, a tarifa foi reajustada para R$ 4 e, nesta segunda-feira (7), passou para R$ 4,30.
A justificativa da Prefeitura é de que o percentual de aumento é baseado na inflação acumulada dos últimos três anos, de 13,06% segundo o IPC-Fipe, considerando que em 2016 e 2017 a tarifa se manteve no valor de R$ 3,80, e que em 2018 o aumento foi ‘abaixo da inflação’. O aumento de 7,5%, portanto, seria para “reduzir o desequilíbrio do sistema”.
Dados apontados pelo jornal Estado de S. Paulo, entretanto, mostram que o cálculo da prefeitura “compensa” a inflação desde 2015, e não desde o ano seguinte, como afirmou ter feito. Isso porque em 2015 a passagem estava em R$ 3,50 – valor que, corrigido pelo IPCA, chega a R$ 4,29. Se a compensação considerasse somente os últimos três anos, a tarifa deveria ser de R$ 4,25.
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Levando em conta a inflação acumulada desde janeiro de 2018, quando foi feito o último aumento, o reajuste deste ano ficou acima da inflação: se considerado apenas o IPCA acumulado, a tarifa deveria ficar em R$ 4,15, segundo as projeções do Banco Central para a inflação no período, de 3,6%.
Os cálculos vão ainda mais além. Entre 2004 (ano em que o Bilhete Único foi criado e entrou em vigor, na gestão Marta Suplicy) e 2018, se todos os reajustes que a tarifa sofreu tivessem sido corrigidos apelas pela inflação, seu preço deveria ser de R$ 3,82, bem abaixo dos atuais R$ 4,30.
São dois os “argumentos” que explicam o aumento acima da inflação: o primeiro de que, desde 2014, existem novos tipos de gratuidade para idosos e estudantes, fazendo com que o custo desses passageiros sejam divididos entre os demais usuários; o segundo, de que não existe mais concorrência no setor, visto que há cinco anos não são feitas licitações para troca de empresas de ônibus na capital.
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Uma nova licitação organizada pela prefeitura está marcada para o dia 23 de janeiro.
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