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Conhecer a Disney, em Orlando, nos Estados Unidos, está mais caro em 2024, de acordo com a empresa especializada em turismo CVC, e a alta do dólar é um dos principais fatores para esse aumento.
Segundo dados fornecidos pela CVC ao InfoMoney, um pacote para Orlando com passagem aérea de ida e volta e sete noites de hospedagem para uma família de quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças, custava cerca de R$ 20 mil em julho de 2023. Agora, o mesmo pacote está custando R$ 25 mil, o que representa um aumento de 25%.
Indicadores macroeconômicos, como câmbio e inflação, têm impacto no preço das viagens e na capacidade das famílias de viajar. No entanto, de acordo com a CVC, variações cambiais tendem a afetar menos o preço dos pacotes comprados antecipadamente.
“Pelo fato de a CVC fazer reservas em grandes volumes junto aos seus fornecedores, a operadora consegue manter seus preços estáveis e reverter promoções aos consumidores. Outra estratégia é apostar cada vez mais na venda antecipada da viagem, de 12 para até 18 meses antes do embarque, o que facilita o planejamento financeiro da viagem. Para exemplificar, a CVC já está comercializando algumas de suas programações de viagens com preços definidos para embarques até julho de 2025”, diz a companhia.
No entanto, mesmo com a compra antecipada de um pacote para a Disney, os gastos com alimentação, compras e ingressos podem ser afetados pela cotação atual do dólar.
Embora o dólar tenha apresentado queda na sexta-feira (5), chegando a R$ 5,46, a moeda atingiu o maior patamar em dois anos e meio em relação ao real na última terça-feira (2), quando chegou a R$ 5,70.
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No site oficial da Disney, um combo de ingresso de 4 dias para pessoas a partir de 10 anos custa 396 dólares. Considerando a cotação mais recente, o valor seria de R$ 2.162,64. No ano passado, quando o dólar estava em torno de R$ 4,85, o mesmo valor equivaleria a R$ 1.920,60.
Além disso, o turista ainda precisa ter recursos para gastos com presentes e alimentação, que podem ser feitos com cartão pré-pago, cartão de crédito, contas globais ou dinheiro em espécie.
A fixação da taxa de câmbio ocorre no momento da carga no cartão pré-pago, enquanto no cartão de crédito a cotação é definida no dia da compra. O dinheiro em espécie e as contas globais permitem ao turista saber exatamente a taxa de câmbio que está sendo aplicada.
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Segundo Letícia Camargo, planejadora financeira CFP pela Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar), o desafio para os turistas, além do dólar 12,5% mais alto em 12 meses, é a falta de previsibilidade.
“O dinheiro em espécie, assim como a conta global, dá ao turista a vantagem de já saber o câmbio que está pagando. No cartão de crédito, por exemplo, será considerado o câmbio do dia da compra mais um spread definido pelo banco. Isso gera uma incerteza quanto ao valor que será pago em reais. Não sabemos se o dólar estará mais alto no momento da viagem. Como não há expectativa de queda da moeda num curto prazo, não deve ter vantagem em aguardar uma queda da moeda durante a viagem”, explica.