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Um americano que comprou um bilhete vitalício da United Airlines há três décadas atingiu, neste ano, 38 milhões de quilômetros voados. Tom Stuker, de 70 anos, pagou US$ 510 mil por um par de “passagens eternas” em 1990, ou seja, pode viajar “de graça” para onde quiser, em uma decisão que ele considera o “melhor investimento da minha vida.” Desde então, Stuker visitou mais de 100 países e voou mais de 38 milhões de quilômetros. Para efeitos de comparação, a Apollo 11 percorreu “apenas” 1,5 milhão de quilômetros em sua viagem até a Lua.
Só em 2019, Stuker voou tanto que a distância percorrida “cobriu mais de seis viagens à Lua”, segundo o jornal Washington Post. Naquele ano, ele fez 373 voos, totalizando 2,34 milhões de quilômetros. Se tivesse pago por esses voos em dinheiro, o custo teria sido de US$ 2,44 milhões.
O verdadeiro benefício, no entanto, parece ter sido as milhas que Stuker acumulou ao longo do tempo. Em 2009, ele ultrapassou a marca de 5 milhões de milhas e passou dos 10 milhões em 2019, sendo o primeiro cliente da United Airlines a alcançar essas marcas.
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As milhas abriram portas para diversas experiências luxuosas pelo mundo. Segundo o Washington Post, “Stuker viveu como um sultão com as milhas da United desde então – suítes de hotel luxuosas ao redor do mundo, cruzeiros de semanas com a Crystal, refeições gourmet de Perth a Paris.” Ele também usou as milhas para “reformar a casa do irmão” e “uma vez trocou US$ 50 mil em cartões-presente do Walmart em um único dia.”
Atualmente, a United não dá mais milhas pela distância voada, e sim pelo valor da passagem, o que fez Stuker reduzir o número de viagens. Mas o fato é que ele deve bater os 40 milhões de quilômetros voados em 2025.
Entretanto, sua rotina voando pelo mundo também teve algumas turbulências: ele presenciou a morte de quatro pessoas durante suas décadas de voos. “Todos foram infartos,” contou Stuker. “Eu conhecia alguns deles. Apenas morreram em seus assentos. O último estava na classe executiva comigo, de Chicago a Narita. Cobriram-no com um cobertor e colocaram o cinto de segurança de volta.”
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Quanto ao impacto ambiental, Stuker se mostrou despreocupado em uma entrevista à revista GQ. “Não estou aumentando a pegada [de carbono],” disse ele. “O avião vai voar, esteja eu a bordo ou não. Seria muito mais relevante se eu estivesse voando em um jato particular. Essas são as pessoas que podem ajudar o meio ambiente muito mais do que eu se voassem comercialmente.”