Como dividir o orçamento da sua empresa para a Black Friday?

Segundo estudo, investimento em marketing e experiência de compra deve variar entre produtos de maior valor agregado, como smartphones, e produtos de menor valor, como itens de papelaria

Maria Luiza Dourado

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A exatos 70 dias da Black Friday 2024, marcada para 29 de novembro, o varejo nacional se prepara para vender mais do que no ano passado. Para atingir esse objetivo, a alocação orçamentária deve ser estratégica, e o investimento em marketing e experiência de compra deve variar entre produtos de menor e maior valor agregado. Essa é a conclusão de um estudo realizado pelo IBEVAR-FIA Business School, fundamentado em sua base de dados acumulada desde 2016.

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Para produtos de maior valor agregado, a melhor distribuição para otimizar as ações de venda seria: 35% em marketing, 30% para ofertas, 20% para a criação de uma boa experiência de compra e 15% para logística. Essa categoria inclui produtos como smartphones, notebooks, tablets, smartwatches, videogames e eletroeletrônicos (TVs, geladeiras, ar-condicionados, lavadoras, micro-ondas, fornos e fogões).

Já para itens de menor valor agregado, o estudo sugere uma divisão de 55% para marketing, 35% em ofertas e 10% para logística. Essa categoria abrange itens como capas e películas de celular, produtos de higiene e beleza, suplementos e vitaminas, e artigos de papelaria.

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Claudio Felisoni de Angelo, presidente do IBEVAR e professor da FIA Business School, explica que “a avaliação quantitativa considerou os possíveis impactos de um esforço global de investimentos (tempo, dinheiro etc.), de acordo com as condições de cada empresa, totalizando 100%, e como esse percentual deveria ser distribuído entre as alternativas promocionais para maximizar os benefícios da ação”.

Segundo o IBEVAR-FIA Business School, durante a Black Friday, a procura por produtos tecnológicos e eletrodomésticos aumenta. Essa tendência reflete o maior acesso à internet e aos dispositivos móveis por parte dos consumidores, além de uma mudança no estilo de vida e nas necessidades do consumidor moderno.

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A Black Friday já se consolidou como a segunda data mais importante no calendário do varejo brasileiro, perdendo apenas para o Natal e superando o Dia das Mães. Em geral, a demanda nessa data fica 25% acima da tendência média anual de vendas, de acordo com o IBEVAR-FIA Business School.



Maria Luiza Dourado

Repórter de Finanças do InfoMoney. É formada pela Cásper Líbero e possui especialização em Economia pela Fipe - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas.