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SÃO PAULO – Abastecer o carro com combustível adulterado pode dar uma grande dor de cabeça para os motoristas. Além de afetar o estado das peças do automóvel e o desempenho do veículo, este tipo de combustível também costuma gerar um consumo maior.
Por isso, antes de abastecer, é importante se atentar para alguns detalhes. De acordo com o professor de engenharia mecânica do Centro Universitário da FEI (Faculdade de Engenharia Industrial), Silvio Sumioshi, é difícil saber se o combustível que está sendo colocado no seu carro é ou não adulterado.
“Uma das melhores maneiras de se prevenir é abastecer em postos que possuem aqueles identificadores de combustíveis, criados pela própria distribuidora”, afirma Sumioshi.
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Abastecer o veículo sempre que possível no mesmo posto, que já é de confiança, e optar por postos com bandeira são outras maneiras de se prevenir contra este tipo de adulteração.
Para o professor da FEI, o preço também pode ser um dos indicadores de uma possível adulteração do combustível. “Se estiver muito mais barato do que a média do mercado, o consumidor tem que desconfiar”, diz.
Funcionamento do carro
Segundo o professor, uma das adulterações mais comuns é aumentar a quantidade de etanol na gasolina, fazendo com que o motorista pague o preço do derivado do petróleo, mais caro, mas tenha um consumo maior, por causa da grande quantidade de etanol.
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“Esse tipo de adulteração não prejudica o funcionamento dos carros flex, apenas aumenta o consumo. Para os carros que não são flex, o motor pode ter dificuldade de pegar, especialmente em dias frios”, afirma o especialista.
De acordo com o professor, na maioria dos casos, o carro não apresenta sinais imediatos de utilização de um combustível “batizado”.
“Antigamente, os veículos tinham dificuldade de funcionamento. Agora, com os carros flex, o próprio sistema do carro acaba compensando, se o combustível não tiver a quantidade de gasolina, o carro injeta mais gasolina, por exemplo”, diz Sumioshi.
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Danos
Entre os principais danos aos veículos, o professor ressalta que, quando são adicionados solventes à gasolina, as peças de plástico e borracha do motor acabam se deteriorando, mas isso pode levar algum tempo. “Se você abastecer sempre nesses postos, em alguns meses, pode ter que trocar essas peças”, aponta.
No caso do álcool, ele aponta que existe um nível de pureza exigido. “No processo de destilação, existe um resíduo que sobra e alguns postos compram este álcool mais barato e vendem. Este álcool é mais corrosivo e pode causar danos para o motor”, diz Sumioshi.