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O preço do litro de leite subiu 24,82% na cidade de São Paulo entre os meses de junho e julho ficando à frente de itens como queijo, leite em pó e papel higiênico. Os dados são do Procon-SP, a partir de levantamento realizado em parceria com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos). O que mais surpreendeu é que com a alta recente, o leite também ficou mais caro do que a gasolina.
O leite passou a custar R$ 6,79, enquanto que o valor de revenda do litro da gasolina, no mês de julho, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) foi de R$ 5,95 — alta de 14,1% do insumo contra o combustível.
A queda de patamar dos preços da gasolina tem relação com o novo teto das alíquotas de ICMS sobre os combustíveis, que agora é limitado entre 17% e 18%. Em São Paulo, o ICMS caiu de 25% para 18% nesta categoria.
O texto foi sancionado com vetos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) em junho. Na segunda-feira (15), a estatal anunciou uma nova redução de quase 5% no preço da gasolina, válida a partir de hoje (16).
Já no caso do leite, a alta recente foi motivada pelo aumento do preço de captação de leite cru, matéria-prima que dá origem ao produto beneficiado nos laticínios. A produção diminuiu nos últimos meses e pressionou os valores dos derivados lácteos, como o leite UHT, o queijo muçarela e o leite em pó.
“A baixa disponibilidade de leite sustentou o movimento de alta mesmo com a demanda [do consumidor] enfraquecida, devido aos preços em patamares elevados”, diz a análise do Procon-SP.
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Cesta básica de SP
A alta de preços foi generalizada na cesta básica do paulistano: aumento de 1,24%. O preço médio que, em junho, era de R$ R$ 1.251,44 passou para R$ 1.266,92 em julho. A alta acumulada nos últimos doze meses já é de 18,98%.
Segundoo estudo do Procon, entre os motivos que justificam a variação nos preços dos produtos da cesta básica estão: excesso ou escassez de oferta ou demanda pelos produtos, preços das commodities, variações cambiais, formação de estoques, desonerações de tributos, questões sazonais, entre outros impactos.
Os grupos de alimentação e higiene pessoal foram os destaques negativos com alta de 1,37% e 2,29% respectivamente, com o leite liderando o primeiro grupo.
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Dos 39 produtos pesquisados, na variação mensal, 21 apresentaram alta, 17 diminuíram de preço e um permaneceu estável.
Confira os produtos que mais encareceram:
Produto | Variação em julho |
Leite UHT (litro) | +24,82% |
Queijo Muçarela Fatiado (kg) | +15,39% |
Leite em Pó Integral (400g) | +11,02% |
Papel Higiênico Fino Branco (com 4 unidades) | +7,89% |
Sabão em Barra (unidade) | +6,38% |
Entre os produtos, as maiores quedas foram:
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Produto | Variação em julho |
Batata (kg) | -18,25% |
Sabão em Pó (kg) | -8,50% |
Carne de Primeira (kg) | -4,92% |
Presunto Fatiado (Kg) | -4,24% |
Óleo de Soja (900 ml) | -4,09% |
Considerando ainda uma variação anual, a pesquisa aponta que, de julho de 2021 para julho de 2022, três produtos registraram as maiores altas. São eles: cebola (85,58%), batata (80,63%) e leite UHT (71,90%).
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