Câmbio de bitcoins é usado como isca para golpe

Foi detectada nesta semana a clonagem do site do Mercado Bitcoin, uma fintech que realiza serviços de câmbio de criptomoedas

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – Tentativas de golpe cibernéticos com e-mails falsos usando enganosamente nomes de instituições conhecidas em seu setor são antigas. Conhecido como phishing – tentativa maliciosa de obter acesso à conta do usuário ou gravar informações pessoais ao levá-la a inserir dados confidenciais em um site falso –, esse tipo de golpe já chegou ao mundo da bitcoin.

Segundo a Eset, fabricante de softwares de segurança, foi detectada nesta semana a clonagem do site do Mercado Bitcoin, uma fintech que realiza serviços de câmbio de criptomoedas.

“O que nos chama a atenção, nesse caso, é a capacidade para criar uma página idêntica à original, demonstrando que os golpistas realmente se esforçam para reproduzir cada detalhe (logo, textos, links) e, consequentemente, inspirar confiança nos usuários que estejam buscando esse tipo de serviço”, explica a Eset.

Em nota, o Mercado Bitcoin informa ter localizado até anúncios pagos direcionando para páginas falsas que tentavam simular o site da fintech. “Imediatamente providenciamos a remoção das páginas e dos anúncios e acionamos nossa equipe jurídica para tomar as medidas legais cabíveis”, explica a empresa, destacando que seu site é seguro e usa criptografia na troca de dados.

Diante de tantos detalhes semelhantes, a empresa especializada em segurança digital dá três dicas para não cair neste tipo de golpe. Veja:

1 – Cheque o certificado digital

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O certificado digital, ou aquele velho cadeado verde, como muitos dizem, apresentado ao lado do endereço na barra do navegador, é um dos primeiros aspectos que deve ser observado ao acessar um site, principalmente quando se tratar de um serviço desconhecido.

2 – Endereço eletrônico

Outro aspecto importante é o endereço eletrônico utilizado para acessar as páginas. Sempre é importante verificar cada letra utilizada e, dessa forma, conferir se o nome do serviço está realmente correto. Os cibercriminosos costumam alterar essa informação de forma bastante sutil.

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3 – Informações desatualizadas e erros ortográficos

Em páginas de phishing, geralmente as informações costumam estar desatualizadas ou manipuladas. Além disso, em outros casos, também é possível identificar erros ortográficos. Por isso, ao navegar pela internet, é fundamental estar atento a todos os detalhes, principalmente com o avanço das técnicas utilizadas pelos cibercriminosos.