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SÃO PAULO – O Brasil interrompeu neste ano uma sequência de quedas iniciada em 2013 no ranking que avalia a competitividade de 137 países, divulgado pelo Fórum Econômico Mundial em parceria com a Fundação Dom Cabral. Apesar da melhora, que sinaliza uma tímida recuperação econômica e fortalecimento
das instituições, o país ocupa a 80ª colocação subindo um degrau após atingir sua pior posição na história do ranking.
O relatório Global de Competitividade 2017-2018 constata uma evolução no aspecto institucional brasileiro, sobretudo com o combate à corrupção e liberdade do poder judiciário. Os primeiros passos rumo às reformas e simplificações regulatórias são também parte dos avanços que permitem ao Brasil oferecer um ecossistema mais propício à inovação – condição fundamental para a retomada do crescimento econômico e do desenvolvimento social.
Segundo o estudo, o país apresentou melhora em 10 dos 12 pilares estudados, ressaltando que tais ganhos não são absolutos, já que o ranking é construído de forma comparativa. Contudo, é verdade que a economia brasileira vive um misto de estagnação e recuperação em diferentes pilares da competitividade, segundo o relatório.
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Janela de oportunidades
A gradativa recuperação econômica brasileira e a reversão da trajetória de perda de competitividade do país são relevantes. No entanto, ao mesmo tempo em que há motivo para otimismo, é preciso reconhecer o quão distante o Brasil está das economias mais desenvolvidas do mundo, especialmente em produtividade e intensidade tecnológica. O relatório aponta algumas oportunidades para o país que podem ser convertidas em ganhos reais de competitividade nos próximos anos, com destaque para duas: Flexibilização trabalhista: A aprovação da reforma trabalhista marca uma nova era no regime regulatório brasileiro, com o potencial de levar ao desafogamento da justiça do trabalho e simplificação das relações trabalhistas. Com a ampliação das possibilidades de negociação e a flexibilizações de questões como jornada e tempo de trabalho, espera-se que a produtividade deva aumentar, assim como os salários no médio prazo. Cabem às empresas brasileiras compreenderem e trazerem para dentro de seus negócios as novas regras para que a partir dela seja extraído maiores benefícios desse novo regime, em sintonia com as novas tecnologias, afirma o relatório. Parceria publico-privada: Ainda que a crise política e econômica limite as possibilidades de ação e articulação do Estado brasileiro, abrir espaço para um novo modelo de relações público-privado significa uma necessidade. Mecanismos como privatizações e licitações podem permitir a redução de custos por parte do governo, desafogamento da máquina pública e incentivo para a entrada de novos players na oferta de atividades e funções até então exclusivas do Estado. Seja quais forem as áreas e regras pelas quais essa parceria venha a se intensificar ou se estabelecer, constituem-se uma oportunidade impar para ganhos estratégico e competitivos para a economia brasileira.
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