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SÃO PAULO – Atrás apenas dos EUA, o Brasil é o segundo país que mais sofre com sequestros de dados, de acordo com o Fast Facts, relatório mensal sobre segurança cibernética produzido pela Trend Micro, multinacional especializada em segurança digital.
O estudo lista os países que mais sofrem com ameaças ransomware – prática onde o hacker restringe o acesso do usuário ao sistema com uma espécie de bloqueio e cobra um resgate para que o acesso possa ser restabelecido.
De acordo com a Trend Micro, o Brasil concentra 10,45% dos casos globais de ameaça de sequestro de dados. Os Estados Unidos, país líder nesse ranking, concentra 11,16%. Atrás do Brasil, aparecem Índia, Vietnã e Turquia.
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É importante que o internauta brasileiro fique atento, pois existem diversas portas de entrada diferentes para que um ransomware infecte o computador. As práticas mais comuns são através de propagandas maliciosas e e-mails falsos.
Os diferentes tipos de ataque
Segundo o Malwarebytes, software de proteção contra malwares, geralmente os hackers utilizam três tipos diferentes de ransomware para atacar as máquinas e conseguir acesso aos dados. São eles:
Scarewares, vírus passivos que se passam por softwares de segurança. Um scareware exibe frequentemente mensagens em forma de pop-up alegando que um malware foi descoberto e a única maneira de se livrar dele é pagando. Se você não fizer nada, provavelmente continuará sendo bombardeado por pop-ups, mas seus arquivos estão, em essência, seguros.
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Os ransomware bloqueadores de tela agem de uma forma mais ativa e apresentam mais riscos do que os scarewares. Quando esse tipo de malware invade seu computador, isso significa que você está completamente paralisado fora do seu PC. Normalmente, o invasor trava a tela do usuário com um aviso de resgate e uma lista de como a vítima deve agir para desbloquear sua máquina.
Ransomwares de criptografia são os mais devastadores e perigosos. Neste tipo de ataque, os hacker extraem os arquivos do computador e os encriptam, exigindo pagamento para descriptografar e devolver.
A razão pela qual esse tipo de ransomware é tão perigoso é porque, uma vez que os criminosos cibernéticos tomam posse dos seus arquivos, nenhum software de segurança ou restauração do sistema pode devolvê-los. A menos que você pague o resgate. Ainda assim, não há garantia total que os criminosos vão devolver os arquivos.
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E-mails e endereços falsos
Ainda segundo o estudo, além dos ataques ransomware, outra ameaça crescente no Brasil são os e-mails maliciosos para a prática de phishing – que consiste em enganar o usuário para que este informe dados pessoais, como senhas e números de telefone, através de e-mails que imitam endereços institucionais.
Apenas em outubro deste ano, a Trend Micro bloqueou mais de 130 milhões de ameaças por e-mail. Também neste campo, o Brasil fica atrás apenas dos EUA (que lidera o ranking mais uma vez, com mais de 700 milhões de ameaças bloqueadas) e da China.
“O e-mail é um requisito para a utilização de diversos serviços e plataformas digitais no Brasil, desde e-commerces até a indústria de apps, que envolvem mobilidade, jogos, delivery e outros serviços”, explica Franzvitor Fiorim, diretor técnico da Trend Micro. “Não é surpresa que os atacantes visem esse canal para roubar dados e conseguir controle de contas, sempre a fim de monetizar os golpes aplicados”.
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Fake apps e ataques a smartphones
Como mostra o estudo, o número crescente de dispositivos móveis também não passou desapercebido pelos cibercriminosos. Apenas no mês de outubro, a Trend Micro bloqueou mais de 2 mil aplicativos maliciosos que seriam baixados pelos usuários.
Segundo o relatório, esses fake apps ficam dentro das lojas oficiais dos fabricantes do sistema operacional, muitas vezes disfarçados como jogos ou aplicativos com filtros para edição de fotos, pois são categorias de aplicativos bastante exploradas pelos usuários.
“Após instalados, esses aplicativos podem roubar informações, atuar como adware [exibição de anúncios indesejados e de forma abusiva] e até mesmo monitorar o usuário por meio da câmera ou microfone do smartphone,” finaliza Fiorim.
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